Em um trabalho que tem por objetivo relatar “achados epidemiológicos, bioquímicos e clínico-patológicos de um surto de intoxicação por monensina que afetou avestruzes e equinos, em uma mesma propriedade no Rio Grande do Sul” descreve:
- “Os achados de necropsia dos Equinos 1 e 2 foram si- milares e caracterizaram-se por miocárdio com palidez multifocal, hemorragias no endocárdio e epicárdio, prin- cipalmente, ao redor dos vasos coronarianos”
- “No exame histológico do coração dos equinos, foram observados grupos de cardiomiócitos ou células individuais com pronunciada eosinofilia citoplasmática e perda das estriações, além de ocasionais núcleos picnóticos.” Fonte: ( Pavarini, S. P., et al. Surto de intoxicação por monensina em avestruzes e equinos no sul do Brasil,
Levando em consideração a descrição e seus conhecimentos sobre as alterações provocadas no coração na intoxicação por monensina em equinos, nomeie a lesão que podemos observar nos cardiomiócitos:
Soluções para a tarefa
Resposta:
Se a pergunta for esta:
Levando em consideração a descrição e seus conhecimentos sobre as alterações provocadas no coração na intoxicação por monensina em equinos, nomeie a lesão que podemos observar nos cardiomiócitos.
A resposta é: NECROSE
Explicação:
Necrose é o estado de morte de um grupo de células, tecido ou órgão, geralmente devido à ausência de suprimento sanguíneo. A necrose pode ocorrer também por outros fatores que levam à lesão celular irreversível, como a ação causada por agentes químicos tóxicos ou resposta imunológica danosa. Fala-se de morte celular quando as suas funções orgânicas e processos do metabolismo cessam. A necrose deve ser diferenciada da apoptose que é a morte celular natural e programada pela natureza, não seguida de autólise (destruição das células por reabsorção), que serve ao equilíbrio do organismo.
A necrose pode ocorrer por conta de agentes físicos como ação mecânica, temperatura, efeitos magnéticos, radiação; agentes químicos, como tóxicos, drogas, álcool, etc. e agentes biológicos, como infecções virais, bacterianas, micóticas, parasitárias ou insuficiência circulatória. A necrose leva ao desaparecimento total do núcleo celular e, por fim, da própria célula, o que é precedido de alterações celulares estruturais graves.
Os principais tipos de necrose são:
Necrose de coagulação ou isquêmica: ocorre devido a uma hipóxia ou isquemia em qualquer tecido, exceto o cerebral, que sofre necrose por liquefação. Ela é determinada pela desnaturação das proteínas celulares autolíticas, com o que a célula não é destruída e a arquitetura tecidual é mantida por alguns dias até a digestão e remoção da necrose.
Necrose de liquefação: devido à infecção por agentes biológicos ou por isquemia ou hipóxia no tecido cerebral. A lesão e morte celular são causadas por toxinas produzidas pelos micro-organismos infecciosos ou por processo inflamatório. As células mortas são rapidamente fagocitadas e digeridas. A digestão do tecido necrótico resultará na formação de uma massa residual amorfa, geralmente composta por pus.
Necrose fibrinoide: o tecido necrosado adquire um aspecto róseo e vítreo, semelhante à fibrina. Ocorre em algumas doenças autoimunes e na hipertensão arterial maligna.
Necrose gangrenosa: um tipo de necrose de coagulação que acomete principalmente as extremidades de membros que perderam o suprimento sanguíneo, gerando gangrena, isto é, uma necrose seguida de invasão bacteriana e putrefação tecidual.
Necrose gordurosa: ocorre quando há o extravasamento de enzimas lipolíticas para o tecido adiposo, o que leva à liquefação dele. É o tipo de necrose que ocorre nas pancreatites agudas.