em um breve resumo descreva Quem foi Nice da Silveira
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Resposta:
Nise Magalhães da Silveira (Maceió, 15 de fevereiro de 1905 — Rio de Janeiro, 30 de outubro de 1999) foi uma médica psiquiatra brasileira. Reconhecida mundialmente por sua contribuição à psiquiatria, revolucionou o tratamento mental no Brasil. Foi aluna de Carl Jung.[1][2]
Dedicou sua vida ao trabalho com doentes mentais, manifestando-se radicalmente contra as formas que julgava serem agressivas em tratamentos de sua época, tais como o confinamento em hospitais psiquiátricos, eletrochoque, insulinoterapia e lobotomia. Nise ainda foi pioneira ao enxergar o valor terapêutico da interação de pacientes com animais.[3]
Explicação:
Filha do professor de matemática Faustino Magalhães da Silveira[4] e da pianista Maria Lídia da Silveira, Nise era bastante estudiosa. Sua formação básica realizou-se em um colégio de freiras, na época exclusivo para meninas, o Colégio Santíssimo Sacramento, localizado em Maceió. Seu pai foi jornalista, diretor do "Jornal de Alagoas" e professor de matemática.[5][6]
De 1921 a 1926 cursou a Faculdade de Medicina da Bahia, onde se formou como a única mulher entre os 157 homens daquela turma. Está entre as primeiras mulheres no Brasil a se formar em Medicina.[5] Casou-se nessa época com o sanitarista Mário Magalhães da Silveira, seu colega de turma na faculdade, com quem viveu até seu falecimento em 1986. O casal não teve filhos, por um acordo entre ambos, que queriam dedicar-se intensamente a carreira médica. Em seu trabalho médico, Mário publicava artigos onde apontava as relações entre pobreza, desigualdade, promoção da saúde e prevenção da doença no Brasil.
Em 1927, já casada e formada, e órfã de mãe, sofreu pelo falecimento de seu pai, e então, após alguns meses, junto ao marido, se mudaram para o Rio de Janeiro, onde teriam mais oportunidades de trabalho. Na então capital do Brasil, Nise se engajou nos meios artístico e literário, voltados para área médica, com diversas publicações dos avanços da medicina.
Em 1933, cursando os anos finais da especialização em psiquiatria, estagiou na clínica neurológica de Antônio Austregésilo. Logo após terminar sua especialização, foi aprovada no mesmo ano em um concurso de psiquiatria, e começou a trabalhar no Serviço de Assistência a Psicopatas e Profilaxia Mental do Hospital da Praia Vermelha.
Nos anos 1930, militou no Partido Comunista Brasileiro e foi uma das poucas mulheres a assinar o "Manifesto dos trabalhadores intelectuais ao povo brasileiro". No entanto, acabou por ser expulsa de sua célula, sob a acusação de trotskismo.[7][8]
Prisão
Durante a Intentona Comunista foi denunciada por uma enfermeira pela posse de livros marxistas. A denúncia levou a sua prisão em 1936 no presídio Frei Caneca por 18 meses. Nesse presídio também se encontrava preso Graciliano Ramos, com o que ela tornou-se uma das personagens de seu livro Memórias do Cárcere.
De 1936 a 1944 permaneceu com seu marido na semi-clandestinidade, afastada do serviço público por razões políticas. Durante seu afastamento fez uma profunda leitura reflexiva das obras de Spinoza, material publicado em seu livro Cartas a Spinoza em 1995.[9][10]