“Em trezentos anos, a rica montanha de Potosí queimou (...) oito milhões de vidas. Os índios eram
arrancados das comunidades agrícolas e empurrados, junto com suas mulheres e seus filhos, rumo às minas. De
cada dez que iam aos altos paramos gelados, sete nunca regressavam. Luís Capoche, dono de minas e de
engenhos, escreveu que os caminhos estavam tão cobertos que parecia que se mudava o reino. Nas
comunidades, os indígenas viram voltar muitas mulheres aflitas, sem maridos, e muitos órfãos sem seus pais,
sabiam que na mina esperavam mil mortes e desastres. Os espanhóis percorriam centenas de quilômetros em
busca de mão-de-obra. Muitos dos índios morriam pelo caminho, antes de chegar a Potosí (...). A conquista
rompeu as bases daquelas civilizações. Piores consequências do que o sangue e o fogo da guerra teve a
implantação de uma economia mineira, chamada de mita e uma plantação feita pela plantation e pelas
encomienda."
(Galeano, E. VEIAS ABERTAS DA AMÉRICA LATINA)
De acordo com o texto, a forma de trabalho compulsório imposta aos indígenas era a encomienda, a Mita e a
Plantation, conceitue.
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A mita foi uma das mais importantes formas de trabalho adotada pelos espanhóis. Também denominada de “repartimiento” e “cuatéquil”, essa tipologia de trabalho era bastante empregada para a lida com os minérios, tanto o extrativismo quanto o beneficiamento. Onde os índios eram determinados através de um sorteio a exercerem um trabalho compulsório.
A encomienda consistia em uma troca a qual os índios eram catequizados e alimentados para servirem de mão-de-obra. Já a plantation ocorria nos locais que não possuíam jazidas de minérios, onde eram cultivados vegetais.
Bons estudos!
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