Em suas Memórias, escritas em 1661, Luís XIV procura informar seu filho, o delfim e futuro Luís XV, sobre o “trabalho” do rei, em j f “ D elfim : título do príncipe herdeiro do trono assuntos como as finanças públicas, a escolhas dos colaboradores Y _ da França, e o bem público. "Eu me impunha por lei a obrigação de trabalhar regularmente duas vezes por dia, e duas ou três horas a cada vez com diversas pessoas, sem contar as horas que eu passava a sós em particular, nem o tempo que eu dedicava às questões extraordinárias que surgiam. [...] Eu ordenei aos quatro secretários de Estado que nada mais assinassem sem me falar; o mesmo valeu para o superintendente, ao qual ordenei que nada fizesse nas finanças sem ser registrado num livro, que deveria permanecer comigo, com um extrato abreviado, no qual eu pudesse ver, em qualquer momento, num golpe de vista, o estado dos fundos e das despesas feitas e por fazer. [...] Q uanto às pessoas que deveríam auxiliar meu trabalho, eu resolvi, acima de todas as coisas, nunca ter um primeiro-ministro [...] nada sendo mais indigno que ver, de um lado, toda a função e, de outro, apenas o título de Rei. Para esse fim, era absolutamente necessário dividir minha confiança e a execução de m inhas ordens entre várias pessoas, sem dá-las inteiras a apenas uma, para assim reunir em mim toda a autoridade. [...] Não há nenhum governador que não se atribua direitos injustos, nem tropas que não vivam em dissolução, nem gentil-homem que não tiranize os camponeses, nem arrecadador, nem feitor, nem sargento que não pratique em seus distritos uma insolência tanto mais criminosa quanto ela se serve da autoridade dos reis para apoiar sua injustiça. Parece que, nessa desordem geral, seja impossível ao mais justo não se corromper. [...] Entretanto, de todos esses diversos crimes, o público é a única vítima; é apenas em detrimento dos fracos e dos miseráveis que tantos pretendem edificar suas monstruosas fortunas. Em vez de um único rei que os povos deveríam ter, eles têm ao mesmo tempo mil tiranos."1. Por que Luís XIV dividia as tarefas do reino entre várias pessoas? Como ele articulava o equilíbrio de poder entre a nobreza e a burguesia? 2. Com base no texto, a visão do Rei Sol sobre a razão do Estado absolutista pode ser identificada com as id éias de qual(is) dos teóricos do absolutism o? Explique. 3. Em sua opinião, Luís XIV, para m a n ter seu poder, tinha razão de negar-se a ter um primeiro-ministro? Justifique.
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Olá,
1. Luis XIV dividia o poder entre muitas pessoas porque acreditava que a sua função como rei era fundamental. Ele queria ser o centro e ser o único a saber de tudo. E já que ele possuía o poder sobre tudo, ele sabia como negociar com a nobreza e a burguesia.
2. As concepções do Rei Sol vão de encontro às ideias de Maquiavel e Hobbes, que falam do jogo de poder que deve ser estrategicamente liderado pelo rei.
3. Sim. Porque o primeiro ministro é quem de fato governa um país, sendo o rei apenas uma figura representativa na sua presença. Se ele queria saber de tudo o que passava no seu reino, tinha razão de não ter um primeiro-ministro.
Bons estudos!
1. Luis XIV dividia o poder entre muitas pessoas porque acreditava que a sua função como rei era fundamental. Ele queria ser o centro e ser o único a saber de tudo. E já que ele possuía o poder sobre tudo, ele sabia como negociar com a nobreza e a burguesia.
2. As concepções do Rei Sol vão de encontro às ideias de Maquiavel e Hobbes, que falam do jogo de poder que deve ser estrategicamente liderado pelo rei.
3. Sim. Porque o primeiro ministro é quem de fato governa um país, sendo o rei apenas uma figura representativa na sua presença. Se ele queria saber de tudo o que passava no seu reino, tinha razão de não ter um primeiro-ministro.
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