Geografia, perguntado por marianaweber85, 9 meses atrás

Em sua opinião, quais mudanças em relação ao mercado de trabalho deveriam ser feitas, para igualar oportunidades entre todos os gêneros?

Soluções para a tarefa

Respondido por isabelleleitedias
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Resposta:

5 passos para acelerar a igualdade nos trabalhos. Espero ter ajudado :)

Explicação:

1. Ampliar a concepção de liderança  

A visão de que os cargos de gestão combinam mais com características ditas masculinas, como rapidez de decisão, coragem, força e ambição, é histórica. E muitas mulheres, equivocadamente, acabam incorporando essas características, achando que é esse o caminho para chegar ao topo. Por isso, é preciso romper esse paradigma e valorizar os atributos ditos femininos, como sensibilidade, flexibilidade, intuição, capacidade de trabalhar em equipe e administrar a adversidade, que são fundamentais para gerir e liderar equipes e trazer bons resultados para a empresa, qualquer que seja o ramo de atividade.  

2. Valorizar as mulheres por seus atributos profissionais

Ainda hoje existe o estigma de que mulheres em altos cargos chegaram à chefia por seu poder de sedução ou seus atributos físicos, quando o que deveria ser enaltecido é a qualificação do profissional, independentemente do gênero. Segundo pesquisa realizada pelo IBGE, as mulheres possuem nível de escolaridade superior ao dos homens, ocupam a maioria das vagas das universidades (55,1%) e são maioria também na conclusão do curso (58,8%). Quando o assunto é pós-graduação, representam 53,5% dos mestres do país. Ou seja, não falta qualificação. O que falta é desconstruir o preconceito, o que só irá acontecer com o esforço das organizações para contratar os funcionários apenas com base na competência profissional.

3- Promover salários mais igualitários  

De maneira geral, homens ganham mais do que mulheres que ocupam o mesmo cargo e exercem as mesmas funções. E um dos motivos é a ideia de que os homens são os provedores da casa. É verdade que eles ainda são maioria, mas o último Censo apontou que 39,8% dos domicílios brasileiros são chefiados por mulheres. Não é pouca coisa. Ainda assim, elas não se sentem confiantes para pedir aumento de salário. Para alcançar a igualdade salarial, todas as esferas da sociedade devem fazer sua parte. O governo, implementando um maior número de creches e tornando lei a licença-maternidade compartilhada, o que permitiria às mulheres mais dedicação à sua vida profissional. As famílias, promovendo uma divisão de tarefas igualitária, o que daria às mulheres a possibilidade de manter suas carreiras. E as empresas, colocando em prática políticas organizacionais que contemplem as necessidades das mulheres, como sala de amamentação, creches conveniadas, entre outras.

4. Mudança na lei

Segundo uma pesquisa da Robert Half, empresa de recrutamento de São Paulo, feita com 1.775 companhias de 13 países, em 85% das empresas brasileiras, metade das mulheres deixa o emprego após o nascimento do filho. Ou seja, a maternidade ainda é uma das principais causas da saída da mulher do mercado de trabalho. E a lei brasileira contribui para esse cenário: legalmente, os pais têm direito a apenas cinco dias de licença-paternidade, enquanto as mães podem tirar até quatro meses de licença, o que já implica às mães a responsabilidade pela criação dos filhos. Algumas empresas, no entanto, estendem a licença-paternidade para 20 dias e a maternidade para seis meses. Ainda assim, a disparidade é grande. O ideal seria que a lei garantisse uma licença compartilhada, como acontece na Suécia, por exemplo. Lá, mães e pais podem dividir o tempo de licença, que é de 480 dias. Ambos são obrigados a tirar pelo menos 60 dias de folga, mas podem partilhar o restante como quiserem.

5. Mudar a cultura dentro de casa

Este talvez seja o ponto mais fácil de colocar em prática, porque só depende da boa vontade dos homens em compartilhar as tarefas com as mulheres. Um bom começo é parar de usar a palavra ajuda. Parece preciosismo, mas se o homem acha que “ajuda” sua esposa com as tarefas, está pressupondo que a obrigação é dela, quando a responsabilidade por cuidar da casa é de todos que moram nela. Homens, mulheres, idosos ou crianças devem fazer a sua parte para manter a casa limpa e organizada. Se todos colaborarem, não fica pesado para ninguém, e a mulher poderá se dedicar à carreira com mais tranquilidade.

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