em sua opinião por que os brancos praticam mais esportes que os negros?
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Explicação:
A delegação brasileira em Sydney ainda está bem longe de refletir de forma mais próxima o perfil racial do país.
Dos 204 membros da equipe que vai disputar a Olimpíada-2000, 28% são negros ou pardos, número que fica bem longe da realidade do país.
Segundo os números do IBGE, negros e pardos representam 47% da população brasileira.
A presença de brancos é ainda mais forte nos esportes em que a prática requer maiores investimentos na compra de material.
É o caso, por exemplo, do hipismo brasileiro em Sydney, que não tem nenhum negro ou pardo entre os seus 12 integrantes.
Os custos da modalidade estão entre os mais altos da Olimpíada.
O cavalo Baloubet du Rouet, com que o favorito Rodrigo Pessoa irá competir, já teve uma proposta de US$ 6 milhões recusada pelos seus proprietários.
Além do valor dos cavalos, o hipismo gasta somas elevadas com veterinários, seguros e o transporte dos animais.
No iatismo a situação é a mesma _todos os 12 competidores brasileiros em Sydney são brancos.
O esporte é outro que requer um grande investimento nas competições de alto nível.
Na classe star, a dupla formada por Torben Grael e Marcelo Ferreira, que conquistou a medalha de ouro na Olimpíada de Atlanta, vai usar na Austrália um barco que consumiu US$ 150 mil na sua construção.
No tênis, que tem raras quadras públicas no Brasil, a situação é idêntica: os quatro representantes do país na Olimpíada-2000 são brancos.
Em Sydney, uma das poucas barreiras que serão rompidas por um negro brasileiro acontece na natação. O baiano Edvaldo Valério será o primeiro negro brasileiro a disputar a modalidade em uma Olimpíada.
Dessa forma, a presença de negros e pardos na delegação do Brasil em Sydney vai se concentrar no futebol e no atletismo.
No esporte mais popular do país, que mandou, contando homens e mulheres, 36 representantes para a Austrália, 20 são negros ou pardos.
No atletismo a situação é parecida _dos 17 representantes brasileiros da modalidade nos Jogos de Sydney, 11, ou 65% do total, são negros ou pardos. (PC)