Ed. Física, perguntado por amanda39lemos40, 8 meses atrás

Em sua opinião o que dificulta a aceitação das diversas religiões na sociedade​

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Respondido por Esqueletgames135
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O respeito pelas diversas crenças e pela contribuição singular de todas as religiões do mundo é uma das características principais do mormonismo. Desde o início de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Joseph Smith exaltou o princípio de liberdade religiosa e tolerância: “Pretendemos o privilégio de adorar a Deus Todo-Poderoso de acordo com os ditames de nossa própria consciência, e concedemos a todos os homens o mesmo privilégio, deixando-os adorar como, onde ou o que desejarem”(Regras de Fé 1:11).

Nesse mesmo espírito, o profeta da Igreja, o Presidente Thomas S. Monson fez um apelo na conferência geral, uma reunião mundial semianual, para mais compreensão entre as religiões: “Incentivo os membros da Igreja de toda parte a agir com bondade e respeito para com todas as pessoas em todos os lugares. O mundo em que vivemos é repleto de diversidade. Podemos e devemos mostrar respeito pelas pessoas cuja crença for diferente da nossa” (Abril de 2008 Discursos da Conferência Geral). Os santos dos últimos dias aceitam todos os que creem sinceramente como iguais na busca da fé e no grande trabalho de servir a humanidade.

Ao ressaltar o amor de Deus por todas as pessoas, não só pelos de determinada religião, o Presidente Dieter F. Uchtdorf da Primeira Presidência, o mais alto corpo governante da Igreja, declarou: “Honramos e respeitamos pessoas sinceras de todas as religiões de qualquer local ou época que tenham amado a Deus, mesmo sem terem acesso à plenitude do evangelho. Erguemos a voz com gratidão pela abnegação e coragem delas. Nós as consideramos irmãos e irmãs, filhos do nosso Pai Celestial. (…) [Ele] ouve as orações dos humildes e sinceros de toda nação, língua e povo. Concede luz aos que O buscam e honram e se dispõem a guardar Seus mandamentos” (Abril de 2008 Discurso da Conferência Geral).

O falecido Krister Stendahl, Bispo Luterano emérito de Estocolmo e professor emérito em estudos religiosos na Harvard Divinity School, estabeleceu três regras para o entendimento religioso: (1) Quando quiser entender outra religião, faça perguntas aos membros daquela religião, e não aos inimigos dela; (2) não compare seu melhor com o pior deles; e (3) permita-se sentir uma “inveja sagrada” ao encontrar elementos em outras religiões para imitar. Esses princípios promovem relacionamentos entre as religiões os quais edificam a confiança e lançam a base para esforços caritativos.

As necessidades espirituais e físicas do mundo requerem boa vontade e cooperação entre as diferentes religiões. Cada uma delas faz valorosas contribuições para sua grande comunidade de fiéis. Nas palavras de um antigo apóstolo da Igreja, Orson F. Whitney, “Deus está usando mais de um povo para a realização de sua obra grande e maravilhosa. Os santos dos últimos dias não podem fazer tudo. É um trabalho muito amplo, muito árduo, para um só povo”. Por isso, os membros da Igreja não veem os fiéis de outras religiões como adversários ou competidores, mas como parceiros nas muitas causas beneficentes do mundo. Por exemplo, recentemente a Igreja uniu forças com a Organização Católica El Minuto de Dios para distribuir roupas às vítimas de inundações e deslizamentos de terra na Colômbia em janeiro de 2011. Além disso, a Igreja trabalhou com a Islamic Relief EUA [Entidade de Ajuda Humanitária] para fornecer alimentos e suprimentos médicos para os que sofreram com o terremoto no Haiti em janeiro de 2010.

É importante ressaltar que a cooperação inter-religiosa não exige o comprometimento doutrinário. Apesar de a Igreja assegurar sua independência eclesiástica e reconhecer as diferenças doutrinárias, isso não a impede de fazer parceria com outras religiões em projetos caritativos. Esses esforços têm como base valores universais. A interpretação diferente da Expiação de Cristo, por exemplo, não minimiza o mandamento de Cristo de “amar a teu próximo como a ti mesmo”. Portanto, é necessário manter a separação entre os esforços caritativos e os princípios doutrinários, e ao mesmo tempo compartilhar a preocupação mútua com os necessitados. Pessoas de boa-fé não precisam ter as mesmas crenças para realizar grandes coisas a serviço de seus semelhantes.

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