Em sua construção enquanto estagio clinico, qual a sua visão de clinica em Psicologia?
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As vivências ao longo do estágio de clínica possibilitam ao psicólogo em
formação “sentir na pele” um pouco do que se imagina que Freud vivenciou em
sua alquimia pessoal, desde os primórdios de seu trabalho, até o momento em que conseguiu transformar “metais em ouro”. O mentor e sua obra passaram por transformações marcantes até que ele pudesse designar a Psicanálise como método investigativo, aquele que se caracteriza por buscar algo muito mais abrangente sobre o indivíduo, além daquilo que se manifesta em sua queixa. Assim, inicialmente buscou um tratamento para a doença de sua época e foi descobrindo uma forma de acessar o psiquismo, cujo legado propicia que continuemos essa alquimia, pesquisando e transformando, a partir dos elementos que fazem parte de nosso tempo.
A partir de suas experiências clínicas, Freud propôs a Psicanálise como um método de investigação sobre o signiicado inconsciente das palavras, das ações, dos sonhos, das fantasias, etc., fundamentado nas associações livres, as quais possibilitam validar a interpretação (LAPLANCHE; PONTALIS, 1992). Esse método de investigação fundamenta o método de tratamento, mantendo uma ligação de mútua utilidade prática e teórica (DUNKER, 2011).
A psicanálise foi conceituada, ainda, como um método psicoterápico
baseado na investigação e na interpretação controlada da resistência, da
transferência e do desejo. Por im, outro conceito abarcado pela psicanálise refere-se à teoria psicológica e psicopatológica propriamente dita, “em que são sistematizados os dados introduzidos pelo método psicanalítico de investigação e de tratamento” (LAPLANCHE; PONTALIS, 1992, p. 385).
A abrangência do termo permite a ampla gama de possibilidades na clínica psicanalítica. Ocorreram modiicações signiicativas que tiveram efeito na prática clínica nos trabalhos iniciais de Freud e autores pós-freudianos contribuíram com acréscimos e reorganizações, conforme as novas necessidades do ser humano, contextualizadas aos aspectos culturais (ZIMERMAN, 2004). Além das questões culturais, encontram-se as especiicidades de atuação da clínica psicanalítica, como por exemplo, no contexto da clínica escola. A esse respeito, Birman (1994, p. 27) refere que a experiência psicanalítica aprova muitas possibilidades, “desde que nesta diversidade sejam reconhecidas as condições epistemológicas e éticas para a construção do espaço analítico”, ou seja, “uma experiência centrada na fala, na escuta, e regulada pelo impacto da transferência”. O autor ainda diz que a diversidade clínica se justiica não somente “pelas diferentes formas de funcionamento psíquico que se apresentam para a escuta analítica, mas também pela diversidade de espaços em que a experiência psicanalítica é possível” (BIRMAN, 1994, p. 27).
Portanto, graças à abrangência conceitual, é possível utilizar a teoria psicanalítica em outros espaços, além dos consultórios, tal como no contexto da clínica escola.
formação “sentir na pele” um pouco do que se imagina que Freud vivenciou em
sua alquimia pessoal, desde os primórdios de seu trabalho, até o momento em que conseguiu transformar “metais em ouro”. O mentor e sua obra passaram por transformações marcantes até que ele pudesse designar a Psicanálise como método investigativo, aquele que se caracteriza por buscar algo muito mais abrangente sobre o indivíduo, além daquilo que se manifesta em sua queixa. Assim, inicialmente buscou um tratamento para a doença de sua época e foi descobrindo uma forma de acessar o psiquismo, cujo legado propicia que continuemos essa alquimia, pesquisando e transformando, a partir dos elementos que fazem parte de nosso tempo.
A partir de suas experiências clínicas, Freud propôs a Psicanálise como um método de investigação sobre o signiicado inconsciente das palavras, das ações, dos sonhos, das fantasias, etc., fundamentado nas associações livres, as quais possibilitam validar a interpretação (LAPLANCHE; PONTALIS, 1992). Esse método de investigação fundamenta o método de tratamento, mantendo uma ligação de mútua utilidade prática e teórica (DUNKER, 2011).
A psicanálise foi conceituada, ainda, como um método psicoterápico
baseado na investigação e na interpretação controlada da resistência, da
transferência e do desejo. Por im, outro conceito abarcado pela psicanálise refere-se à teoria psicológica e psicopatológica propriamente dita, “em que são sistematizados os dados introduzidos pelo método psicanalítico de investigação e de tratamento” (LAPLANCHE; PONTALIS, 1992, p. 385).
A abrangência do termo permite a ampla gama de possibilidades na clínica psicanalítica. Ocorreram modiicações signiicativas que tiveram efeito na prática clínica nos trabalhos iniciais de Freud e autores pós-freudianos contribuíram com acréscimos e reorganizações, conforme as novas necessidades do ser humano, contextualizadas aos aspectos culturais (ZIMERMAN, 2004). Além das questões culturais, encontram-se as especiicidades de atuação da clínica psicanalítica, como por exemplo, no contexto da clínica escola. A esse respeito, Birman (1994, p. 27) refere que a experiência psicanalítica aprova muitas possibilidades, “desde que nesta diversidade sejam reconhecidas as condições epistemológicas e éticas para a construção do espaço analítico”, ou seja, “uma experiência centrada na fala, na escuta, e regulada pelo impacto da transferência”. O autor ainda diz que a diversidade clínica se justiica não somente “pelas diferentes formas de funcionamento psíquico que se apresentam para a escuta analítica, mas também pela diversidade de espaços em que a experiência psicanalítica é possível” (BIRMAN, 1994, p. 27).
Portanto, graças à abrangência conceitual, é possível utilizar a teoria psicanalítica em outros espaços, além dos consultórios, tal como no contexto da clínica escola.
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