Em seu caderno crie uma charge, cartaz, ou história em quadrinhos relatando o período da ''Guerra fria''.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Charge Guerra Fria
Explicação:
Ao fim da Segunda Guerra Mundial (1945), instalara-se no mundo um embate ideológico bipolarizado, mais conhecido como Guerra Fria (1945-1989), aonde as duas maiores potências econômicas e bélicas do planeta, possuíam nas mãos o destino do planeta Terra e de toda a humanidade. De um lado, encontrava-se os Estados Unidos, que buscava a todo custo defender e propagar a ideologia capitalista e do outro a União Soviética, que por sua vez pregava o socialismo e de contrapartida não media esforços para combater e/ou opor a idéia defendida pelos capitalistas.
Esse clima de “tensão” perpetuou-se por mais de quatro décadas, aonde missões secretas, espionagens, sabotagens, ameaças políticas e militares, o crescimento bélico nuclear, dentre outras "peripécias", quase que levou a humanidade à tão temida Terceira Guerra Mundial. No período da Guerra Fria, diversos filmes, cartazes, charges, propagandas, dentre outros artifícios de comunicação propagavam e legitimavam a importância e por que não dizer, a possível “superioridade” ideológica da teoria (capitalista ou socialista) que se era pregada. Dentre os instrumentos de comunicação apresentados aqui, ficaremos com a charge, já que estas nos fornecem um riquíssimo simbolismo acerca do “clima de guerra” vivenciado naquele período da história.
Vejamos então as charges propostas e as suas devidas leituras:
Charge 1
Esta charge explicita bem o clima de disputa entre as duas potências EUA e URSS vivenciado na Guerra Fria. Do lado esquerdo (Ocidente) observa-se Harry Thruman, presidente dos Estados Unidos durante os anos de 1945 a 1953 e do lado direito (Oriente) encontra-se o líder soviético Josef Stalin, que esteve no comando da URSS entre os anos de 1922 a 1953. Uma partida de futebol travada entre os dois “cai como uma luva” no que diz respeito ao quesito ilustração, já que a bola (Terra) é o objeto de desejo de ambos que procuravam ampliar as suas devidas áreas de influência.
Charge 2
Esta charge foi publicada no Brasil, mais especificamente num jornal da cidade de São Paulo em 1946, que revelaria que o clima entre os blocos capitalista e socialista esquentaria bastante. Partindo mais uma vez da ideia de divisão (pólo) do mundo, podemos reparar que Harry Thruman está do lado esquerdo (ocidente) e Josef Stalin do lado direito (oriente). Observe que Thruman segura um esqueleto (símbolo da morte) com uma placa presa ao peito com os seguintes escritos: “Bomba Atômica”. Já Stalin, segura um fantasma com uma placa presa ao pescoço dizendo: “Bomba X”. Na realidade o fantasma aparenta ser o mesmo esqueleto segurado por Thruman coberto por um lençol, o que significa que a União Soviética em breve teria em seu poder bombas atômicas quebrando desta forma, o monopólio estadunidense e equilibrando o potencial bélico entre os dois países.
Charge 3
Nesta terceira charge, a ideia de divisão do mundo se faz presente mais uma vez. Do lado esquerdo (Ocidente) encontra-se os combatentes capitalistas e do lado direito (Oriente), os combatentes socialistas. Repare ao fundo de cada tropa, bombas atômicas com placas que dizem: “Não usar, por que o inimigo pode retaliar”. Aí reside um aspecto simbólico considerável, expressando que embora ambos os blocos sejam divergentes, existe o medo de um conflito atômico que “naquelas alturas do campeonato” traria consequências desastrosas a humanidade. Enquanto isso, os soldados combatem com arcos e flechas, nos dando a sensação de “leveza” ou de “cautela” talvez, que pode ser associado ao conflito ideológico: CAPITALISMO X SOCIALISMO.
Charge 4
Nesta quarta e última charge proposta, temos na esquerda o presidente soviético Nikita Kruschev (1953-1964), sucessor de Stalin e na direita encontramos John Kennedy (1961-1963), então presidente dos Estados Unidos. Repare como a disputa entre os dois blocos (Capitalista X Socialista) está representada através de uma quebra de braço. O ato de dar as mãos pode representar união, acordo, apoio, na realidade, faz-se aí uma alusão ou melhor, uma sátira a doutrina da “Coexistência Pacífica” proposta por Kruschev, aonde o mesmo propõe uma possível convivência pacífica entre os dois blocos. A impossibilidade dessa pacificidade é muito bem ilustrada na postura dos dois líderes que mantém o olhar firme um no outro, remetendo-nos a ideia de vigilância, mas que em contrapartida, meio que sorrateiramente mantém o dedo no botão que acionaria a bomba nuclear sob o inimigo, ato este que seria o suficiente para a eclosão da tão temida guerra.