Em que sentido pode-se afirmar que a passagem da bipolaridade para a multibipolaridade representou um processo?
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multipolaridade, termos utilizados para designar as potências econômicas e militares em evidência no planeta. No primeiro caso, temos o período que se convencionou chamar por Guerra Fria, que culminou, ao seu final, na Nova Ordem Mundial da geopolítica atual.
O MUNDO BIPOLAR
Ao final da Segunda Grande Guerra (1939-1945), duas grandes potências mundiais emergiram como as nações política e militarmente predominantes: Estados Unidos e União Soviética. Em relação aos EUA, isso aconteceu porque esse país não sofreu grandes danos em seus territórios e manteve intacto o seu padrão estrutural, além de garantir a sua posição como principal país capitalista. No caso da URSS, porque ela foi decisiva durante o conflito internacional e desenvolveu um grande potencial militar e estrutural então emergente, embora tenha perdido 20 milhões de pessoas nas batalhas e ter visto destruídas muitas de suas cidades.
O período posterior ficou então conhecido como Guerra Fria, pois, de um lado, havia uma frente de orientação capitalista, com um sistema de economia de mercado que buscava ampliar e consolidar sua influência pelo mundo; do outro lado, por sua vez, havia uma potência socialista – ou capitalista de Estado –, com sistema de economia planificada e que também almejava expandir o seu poderio ideológico pelo mundo. O fator decisivo foi a posse de armas nucleares por ambas as partes, de modo que o choque entre essas duas forças traria graves impactos para a humanidade e, certamente, nenhum vencedor.
Por essa razão, a Guerra Fria foi um conflito em que não houve batalhas diretas entre os dois lados, havendo apenas disputas indiretas e participação em guerras “menores”, como a do Vietnã e a invasão soviética do Afeganistão. Outros episódios relevantes foram as ajudas e cooperações desses países a outras nações a fim de expandirem os seus domínios, com destaque para o Plano Marshal criado pelos EUA, além da fundação das grandes organizações militares: a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), de um lado, e o Pacto de Varsóvia, de outro.
O termo “mundo bipolar” é usado para designar esse contexto, pois a ordem geopolítica global apontava para a disputa entre dois principais países, que almejavam colocar em evidência o seu domínio e sua hegemonia. Assim, com a crise do mundo autodeclarado “socialista” e o colapso dos soviéticos, o período conheceu o seu fim com a vitória da frente capitalista. O episódio considerado como um marco desse processo foi a queda do Muro de Berlim, em 1989, que dividia a Alemanha derrotada na Segunda Guerra entre os países capitalistas (EUA, França e Reino Unido) e a URSS.
O MUNDO MULTIPOLAR
Com o fim da União Soviética e a fragmentação do mundo socialista, o mundo considerado bipolar deixou de existir, fazendo com que os Estados Unidos passassem a exercer uma hegemonia política sem precedentes desde a emergência do sistema capitalista no mundo.
Ao mesmo tempo, outros países capitalistas também se consolidaram como os protagonistas do sistema-mundo, que abandonou o foco no poderio militar (embora tenha continuado importante) e ampliou o status do poderio econômico dos países. Assim, os países da União Europeia (principalmente Alemanha, França e Inglaterra), o Japão e, mais tarde, a China passaram a dividir com os norte-americanos o protagonismo geopolítico. Surgiu, assim, o mundo multipolar.
Todavia, essa perspectiva é um pouco questionável. Em primeiro lugar, observa-se que uma comparação entre esses países não os coloca lado a lado, mas, sim, com os Estados Unidos muito à frente dos demais em termos econômicos e também bélicos, embora os chineses venham apresentando acelerados níveis de crescimento. Em segundo lugar, nota-se também que esses países – exceto os chineses – apresentam certo alinhamento político, ao contrário do que ocorrera na ordem mundial anterior, marcada pela rivalidade e tensão permanente.
Por isso, outros termos são utilizados para designar a ordem mundial atual, como a unipolaridade ou, mais comumente, a unimultipolaridade, embora isso não seja alvo de consenso. Recentemente, a postura mais agressiva do governo da Rússia – principal herdeira do império soviético – diante dos EUA em algumas questões, como o conflito na Síria, a tensão entre as Coreias e a Crise na Ucrânia, vem criando expectativas sobre o retorno de uma nova Guerra Fria, haja vista que ambos os países são grandes detentores de armamentos nucleares ainda nos dias atuais.
O MUNDO BIPOLAR
Ao final da Segunda Grande Guerra (1939-1945), duas grandes potências mundiais emergiram como as nações política e militarmente predominantes: Estados Unidos e União Soviética. Em relação aos EUA, isso aconteceu porque esse país não sofreu grandes danos em seus territórios e manteve intacto o seu padrão estrutural, além de garantir a sua posição como principal país capitalista. No caso da URSS, porque ela foi decisiva durante o conflito internacional e desenvolveu um grande potencial militar e estrutural então emergente, embora tenha perdido 20 milhões de pessoas nas batalhas e ter visto destruídas muitas de suas cidades.
O período posterior ficou então conhecido como Guerra Fria, pois, de um lado, havia uma frente de orientação capitalista, com um sistema de economia de mercado que buscava ampliar e consolidar sua influência pelo mundo; do outro lado, por sua vez, havia uma potência socialista – ou capitalista de Estado –, com sistema de economia planificada e que também almejava expandir o seu poderio ideológico pelo mundo. O fator decisivo foi a posse de armas nucleares por ambas as partes, de modo que o choque entre essas duas forças traria graves impactos para a humanidade e, certamente, nenhum vencedor.
Por essa razão, a Guerra Fria foi um conflito em que não houve batalhas diretas entre os dois lados, havendo apenas disputas indiretas e participação em guerras “menores”, como a do Vietnã e a invasão soviética do Afeganistão. Outros episódios relevantes foram as ajudas e cooperações desses países a outras nações a fim de expandirem os seus domínios, com destaque para o Plano Marshal criado pelos EUA, além da fundação das grandes organizações militares: a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), de um lado, e o Pacto de Varsóvia, de outro.
O termo “mundo bipolar” é usado para designar esse contexto, pois a ordem geopolítica global apontava para a disputa entre dois principais países, que almejavam colocar em evidência o seu domínio e sua hegemonia. Assim, com a crise do mundo autodeclarado “socialista” e o colapso dos soviéticos, o período conheceu o seu fim com a vitória da frente capitalista. O episódio considerado como um marco desse processo foi a queda do Muro de Berlim, em 1989, que dividia a Alemanha derrotada na Segunda Guerra entre os países capitalistas (EUA, França e Reino Unido) e a URSS.
O MUNDO MULTIPOLAR
Com o fim da União Soviética e a fragmentação do mundo socialista, o mundo considerado bipolar deixou de existir, fazendo com que os Estados Unidos passassem a exercer uma hegemonia política sem precedentes desde a emergência do sistema capitalista no mundo.
Ao mesmo tempo, outros países capitalistas também se consolidaram como os protagonistas do sistema-mundo, que abandonou o foco no poderio militar (embora tenha continuado importante) e ampliou o status do poderio econômico dos países. Assim, os países da União Europeia (principalmente Alemanha, França e Inglaterra), o Japão e, mais tarde, a China passaram a dividir com os norte-americanos o protagonismo geopolítico. Surgiu, assim, o mundo multipolar.
Todavia, essa perspectiva é um pouco questionável. Em primeiro lugar, observa-se que uma comparação entre esses países não os coloca lado a lado, mas, sim, com os Estados Unidos muito à frente dos demais em termos econômicos e também bélicos, embora os chineses venham apresentando acelerados níveis de crescimento. Em segundo lugar, nota-se também que esses países – exceto os chineses – apresentam certo alinhamento político, ao contrário do que ocorrera na ordem mundial anterior, marcada pela rivalidade e tensão permanente.
Por isso, outros termos são utilizados para designar a ordem mundial atual, como a unipolaridade ou, mais comumente, a unimultipolaridade, embora isso não seja alvo de consenso. Recentemente, a postura mais agressiva do governo da Rússia – principal herdeira do império soviético – diante dos EUA em algumas questões, como o conflito na Síria, a tensão entre as Coreias e a Crise na Ucrânia, vem criando expectativas sobre o retorno de uma nova Guerra Fria, haja vista que ambos os países são grandes detentores de armamentos nucleares ainda nos dias atuais.
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