Em meus três anos como professora, nunca vi uma aluna com a habilidade atlética de Makayla. Ela é a mais rápida, é ágil, tem braços fortes e sabe tanto criar estratégias como se defender. Durante uma reunião de pais e professores, a mãe de Makayla me disse que sua filha sempre gostou de brincar com meninos e que, se eu conseguisse fazê-la usar um vestido para as fotos da turma, ela ficaria muito orgulhosa. Bem, ela se recusou a usar um vestido, mas a foto ficou bonita mesmo assim. (...) Após o teste de ortografia, meus alunos se preparam para voltar para casa. 'Senhoras e senhores', digo, 'Tenham um ótimo fim de semana'. Nesse momento, a campainha toca e meus alunos fazem fila; então, os levo para a frente da escola. Quando estão todos indo para suas casas, respiro fundo. 'Nossa', penso, 'Estou cansada. Talvez um banho de banheira me faça bem'. Então, sinto alguém tocar no meu ombro. Viro-me e vejo Makayla, e seu olhar me diz que algo não está bem. Ela diz, 'Sra. Jones, não sei se devo ficar brava ou não, mas as meninas da turma estão sempre me chamando de sapatão'. Makayla larga sua mochila e pergunta: 'Sra. Jones, o que é sapatão? (Denise L. McLurkin, 2015, p. 74-75) O tempo passado na escola pode significar um período de sofrimento para muitos alunos considerados fora dos padrões, por exemplo, aqueles que não se encaixam em papéis de gênero pré-estabelecidos. Como futuro professor, o que é você poderia fazer para que a experiência estudantil de alunos e alunas que experimentam os mesmos dilemas de Makayla, seja a melhor possível? Como criaria um ambiente confortável e seguro para TODOS os estudantes?
Soluções para a tarefa
A partir do estímulo as diferentes linguagens em sala de aula, assim como a linguagem corporal o educador poderá desenvolver a importância no processo de construção do conhecimento e deve ser utilizada desde a educação infantil.
Por isso, podemos destacar que a relação pedagógica pode ser inserida nos moldes de Paulo Freire, que definiu a importância do entendimento sobre as questões sociais e econômicas que envolvem todos os educandos;
Além da busca por estratégias que desenvolvam a leitura a partir de um dinamismo e da inclusão em sala de aula, pois quanto mais incentivados os alunos se mantiverem, melhores serão os resultados sendo esse um trabalho mútuo entre a instituição e os mesmos.
É fundamental garantir que todos os nossos alunos, especialmente aqueles que estiverem questionando sua orientação sexual, tenham um ambiente escolar confortável e seguro. Isso é mais fácil na teoria do que na prática em algumas cidades, comunidades e tipos de escolas, e ainda mais difícil e aparentemente impossível em outras. No entanto, nossa tarefa é educar e cuidar de TODOS os nossos alunos e proporcionar o ambiente de aprendizado mais seguro e acolhedor possível. É preciso tomar atitudes imediatas em relação a qualquer implicância ou bullying com alunos homossexuais, meninas que pareçam mais masculinas e meninos afeminados, com atitudes imediatas e consistentes. Nenhum tipo de implicância ou bullying pode ser tolerado. Também é importante verificar com a escola maneiras de garantir que estes estudantes estejam seguros no pátio, no almoço e, inclusive, na sala de aula. As famílias dessas crianças podem entender ou não a situação de seus filhos. Um orientador educacional pode ser acionado para dar conselhos sobre como lidar com essa situação em relação aos pais, ao resto da turma e ao próprio estudante homossexual. Além disso, a temática do respeito e da tolerância poderá ser uma constante em sala de aula, até que uma cultura do acolhimento das diversidades seja efetivada.