Em linguagem que lembra Am 5,15, mas com o sentido invertido, Miqueias caracteriza os juízes como “inimigos (os que odeiam) do bem e amantes do mal”. Este par - bem e mal - é muito comum na literatura sapiencial (BÍBLIA, Pv 1,22; 9,8; 12,1; 13,24; Sl 34,14; 37,27) e é usado pelos profetas do VIII século em referência à corrupção dos tribunais (BÍBLIA, cp. Is 1,17). No âmbito judicial, amar o mal e odiar o bem corresponde a emitir sentenças injustas, favorecendo os culpados e prejudicando os inocentes. No uso mais amplo, “bem” e “mal” são termos genéricos que se referem ao “certo/errado”; concretamente, indicam, respectivamente, a justiça decorrente da obediência ao direito de Javé, e a injustiça decorrente da não obediência à vontade do Senhor.
ZABATIERO, Júlio Paulo Tavares. Métodos e Interpretação Bíblica. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2016. Reimpresso em 2018.
O texto acima apresenta uma porção da bíblia que pode ser analisada em perspectiva sociológica. A partir disso, analise as afirmações abaixo:
I. Segundo uma perspectiva sociológica, a partir do texto acima, as noções de Bem e Mal são características morais que qualificam e classificam os fiéis.
II. Numa perspectiva sociológica do texto acima, os termos Bem e Mal representam uma postura dualista da vida.
III. Num olhar sociológico do texto acima, pode-se afirmar que o termo “Mal” refere-se às ideologias de dominação, exploração e opressão do campesinato.
IV. Numa chave sociológica do texto bíblico acima, pode-se dizer que os termos Bem e Mal denotam formas de vida, sendo que o termo “Bem” refere-se a vida digna, livre, correspondente à tradição teológica rural da história de Israel.
É correto o que se afirma em:
Alternativas
Alternativa 1:
I, II
Alternativa 2:
II, III
Alternativa 3:
II, IV
Alternativa 4:
III, IV
Alternativa 5:
I, II, III
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Resposta:
Alternativa 4:
III, IV
Explicação:
pagina 141
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