Português, perguntado por gustavo5128, 3 meses atrás

Em dezembro mangas maduras eram vistas da janela – mas antes disso já tínhamos comido muita manga verde com sal, tirado escondido da cozinha. [...] — Quem comeu manga verde? Vamos, confessa, já. Nenhum confessava: os dois de castigo. Mostrei para Neusa a manga amoitada no capim: começava a amarelar. Ela cheirou, apertou contra o rosto, me pediu. — Dou um pedaço. — Quero a manga inteira. — A manga inteira não. Um pedaço. [...] — A manga inteira ou nada. — Então nada. Quando entrei na cozinha, Vovó estava me esperando: — Pode ir direto para o quarto, já sei de tudo. Fiquei fechado de castigo até a hora da janta. — Se tornar a comer manga verde, da próxima vez vai apanhar é de vara, ouviu? Quem apanhou de vara foi Neusa. Cerquei-a no fundo do quintal com uma vara: — Você enredou, agora vai pagar. [...] Ela pediu pelo amor de Deus. Perguntei se ela gostava de mim. Ela disse que gostava. Pedi para ela dizer: ‘Eu te amo.’ Ela disse. [...] Eu falei que era mentira, que ela gostava é de Marcelo. Então ela disse que era mentira mesmo, que tinha é nojo de mim, e eu desci uma varada nas pernas dela. Em vez de correr, ela ficou parada, encolhida contra o muro [...]. — Pede perdão, senão eu bato de novo! [...] Ameacei com a vara, mas ela só chorava. Então bati de novo, e dessa vez ela nem se mexeu, como se não tivesse sentido dor. Foi andando em direção a casa, e eu fiquei parado, vendo-a afastar-se. [...] Ao voltar para casa, deixei três moranguinhos na mesinha do quarto onde ela, deitada, havia adormecido. No dia seguinte recebi uma caixinha embrulhada — dentro os três moranguinhos e um bilhete: ‘Eu gostava é de você mesmo, mas agora nunca mais’.”

1) em que momento o parrador descobre os sentimentos de Neusa em relação a ela ​

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Respondido por asilvanacosta25
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Resposta:

, mas ela só chorava. Então bati de novo, e dessa vez ela nem se mexeu, como se não tivesse sentido dor. Foi andando em direção a casa, e eu fiquei parado, vendo-a afastar-se. [...] Ao voltar para casa, deixei três moranguinhos na mesinha do quarto onde ela, deitada, havia adormecido. No dia seguinte recebi uma caixinha embrulhada — dentro os três moranguinhos e um bilhete: ‘Eu gostava é de você mesmo, mas agora nunca mais’.”

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