Em 2018 no Brasil os caminhoneiros entraram em greve, o que causou problemas para vários segmentos sociais e instituições. Explique este acontecimento sob o olhar do método sociológico funcionalista criado por Emile Durkheim.
Soluções para a tarefa
Estamos acompanhando, desde o último 21 de maio, as manifestações dos caminhoneiros pelo Brasil. Unidos e alinhados, com reivindicações próprias, estes trabalhadores pararam seus caminhões e as estradas do Brasil, do sul ao norte, do leste a oeste. Cargas não são entregues, supermercados, hospitais, indústria e comércio não recebem suas mercadorias e insumos, postos de combustível estão com seus tanques vazios há dias, e a população, vivendo um misto de revolta e apoio à causa dos caminhoneiros, encontra-se desnorteada.
Depois de nove dias de paralisações, escolas encontram-se fechadas, cirurgias foram canceladas, o serviço público não funciona, o agronegócio se desespera e a economia ainda contabiliza os bilhões em prejuízos. Enfim, a sociedade convulsiona. O caos é real e, vale salientar, mais para uns do que para outros, uma vez que em uma sociedade com tantas diferenças sociais, os efeitos são sentidos em graus e proporções distintas, principalmente entre ricos e pobres. Mas mais do que narrarmos os atuais acontecimentos e suas consequências, o objetivo desse artigo é tentarmos compreender os atuais acontecimentos à luz da sociologia de Durkheim.
Émile Durkheim
David Émile Durkheim (1858 – 1917) é um dos principais clássicos da sociologia, inclusive foi o responsável pela introdução dessa disciplina nas universidades, como ciência acadêmica. De tendência ideológica conservadora, ele corresponde a uma corrente sociológica funcionalista, cuja teorias e metodologia de caráter comparativos, consolidaram a sociologia como ciência social. Suas principais obras foram “A divisão do trabalho social” (1893), “As regras do método sociológico” (1894), “O suicídio” (1897).