Em 2013, o Brasil e o mundo ficaram chocados com o acidente provocado por uma banda, que se apresentava em uma boate na cidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul. A atitude irresponsável de componentes da banda, de acender sinalizadores dentro de casas de shows como boates, já havia se tornado prática comum em suas apresentações. Essa prática acabou por ceifar de forma assustadora, mais de 235 vítimas fatais, e colocando outros em estado de saúde considerado grave pelos médicos que os atenderam. Entre as vítimas fatais um dos componentes da banda, e vários estudantes universitários e secundaristas dentre outros. Esse fato, segundo investigações iniciais, aconteceu porque decidiram utilizar nessa apresentação sinalizadores mais “baratos”, porém altamente inflamáveis e perigosos. Os grandes números de óbitos foram relacionados, em sua maioria, à intoxicação combinada por monóxido de carbono e cianeto, devido à combustão de plásticos e outros materiais sintéticos utilizados no revestimento do ambiente. Um episódio semelhante ao ocorrido na Boate Kiss aconteceu na cidade de Perm, na Rússia. O incêndio iniciou devido a uma exibição pirotécnica no palco e 156 pessoas foram a óbito. As causas de morte também foram relacionadas à intoxicação por cianeto e monóxido de carbono. Intoxicações são causas comuns de atendimentos de urgência e emergência nos serviços de saúde. Agora, vamos voltar no tempo e imaginar que estamos no fatídico ano de 2013. Você é estagiário (a) em um dos hospitais que receberam os sobreviventes do incêndio da boate Kiss. Após realizarem os primeiros atendimentos, a equipe multidisciplinar precisa elaborar um plano terapêutico. Para isso, você é responsável por elaborar hipóteses sobre as implicações bioquímicas do incidente para que a equipe opte pelo melhor tratamento. Com base nos conhecimentos adquiridos na disciplina de bioquímica humana, você consegue compreender as implicações que a fumaça de um incêndio pode causar no metabolismo tecidual? Quais as implicações da falta de oxigênio para a
Soluções para a tarefa
Sobre as implicações da fumaça de um incêndio sobre o metabolismo tecidual é possível afirmar que o processo de combustão (fogo) libera gases tóxicos como o monóxido de carbono, o qual liga-se às hemácias de forma irreversível e impede que elas transportem o oxigênio aos tecidos e órgãos. Nesse sentido, causa-se uma asfixia e uma falência múltipla de órgãos devido à falta de oxigênio para o metabolismo aeróbico.
Asfixia por monóxido de carbono
Nos casos de incêndio, principalmente em locais fechados, o que ocorre é uma liberação de grandes quantidades de CO (monóxido de carbono), o qual liga-se à hemoglobina formando a carboxihemoglobina. Considerando que esse gás apresenta uma afinidade muito maior pela hemoglobina que o oxigênio, ele impede o transporte de O2 por essas células.
Dessa forma, a entrega de oxigênio às células por via sanguínea fica comprometida, o que causa a deterioração das células e morte de tecidos e órgãos, os quais sofrem por falta de oxigênio para o metabolismo celular (necrose e isquemia).
Outra questão sobre carbohemoglobina:
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