ENEM, perguntado por natheeeeg8029, 1 ano atrás

Em 1965, o jornalista Gay Talese foi enviado a Los Angeles pela revista Esquire para entrevistar Frank
Sinatra. Tudo havia sido acertado com o assessor de imprensa do cantor. Mas, ao chegar ao hotel,
Talese recebe um telefonema desmarcando o encontro. Sinatra andava ressabiado com notícias de suas
supostas ligações com a máfia e, além de tudo, estava resfriado. O que fazer? Desistir da pauta? Não.
Simplesmente cumpri-la de outra maneira. Pelas bordas, digamos assim. Privado de se encontrar com
seu personagem, Talese procurou falar com diversas pessoas que faziam parte do estafe do artista, seus
conhecidos, funcionários, amigos e parentes. Talese conversa, de modo aparentemente informal, com
essas pessoas. Convida-as para almoçar e jantar. Jamais grava essas falas (para não intimidá-las) e quase
nunca toma notas. Isso ele faz no fim do dia, no seu quarto de hotel. Anota, transcreve tudo à máquina
e arma um fantástico dossiê em torno do artista combalido pela gripe. O resultado, a "coisa" que Talese
afinal consegue, é um artigo de 55 páginas, baseado em 200 páginas de anotações a acerca das mais de
100 entrevistas que fizera, com pessoas da entourage de Sinatra. O título do texto não poderia ser outro:
"Frank Sinatra Está Resfriado" e saiu publicado na edição da Esquire de abril de 1966. Desde então se
tornou um clássico do chamado "jornalismo literário".
Disponível em:cultura.estadao. Acesso em: 18 jul. 2018 (adaptado).
Considerando-se o texto apresentado, é correto afirmar que o jornalismo literário
A caracteriza-se pela potencialização dos recursos e técnicas de reportagem, uma vez que exige
criatividade, experimentação e, sobretudo, apuração rigorosa, observação atenta e abordagem ética.
B permite que seja conferido privilégio aos definidores primários e às fontes oficiais nas reportagens,
como funcionários e assessores do estafe de um entrevistado.
C trabalha com maior liberdade editorial e sua produção está mais próxima da literatura do que do
jornalismo, pois ignoram-se os fatos, a verdade e a objetividade, que se misturam à ficção.
D utiliza linguagem semelhante à do jornalismo diário tradicional, ou seja, estruturada na pirâmide
invertida e na primazia do lead, diferindo-se dele no que se refere à amplitude de contextualização e
ao formato longform.
E compõe um gênero à parte no jornalismo porque rompe com a ideia de prestação de serviço ao
público, dada a sua proposta de experimentação e de solução de problemas típicos do jornalismo
tradicional, com criatividade e inovação.

Soluções para a tarefa

Respondido por lucaspercino
13

Resposta: Alternativa A!

Explicação:

Caracteriza-se pela potencialização dos recursos e técnicas de reportagem, uma vez que exige criatividade, experimentação e, sobretudo, apuração rigorosa, observação atenta e abordagem ética.

Respondido por bryanavs
2

É extremamente comum no chamado jornalismo literário a compilação de artigos sobre a vida de personalidades e artistas conhecidos, visando de fato, entrevistas com essas pessoas, assim como entrevistas aos membros de seu círculo social mais íntimo.

Vamos aos dados/resoluções:

Outras fontes de informação, como jornais/diários por exemplo, também podem ser utilizados. De qualquer maneira, é interessante salientar, que, em todos os casos, por uma questão de ética profissional, o jornalista precisa realizar o seu trabalho com a autorização do artista.

espero ter ajudado nos estudos, bom dia :)

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