Pedagogia, perguntado por andreabiello, 4 meses atrás

Em 1916 – acabara de ler os Princípios de História da Arte – Walzel empreendeu transferir para a literatura as categorias de Wölfflin. Estudando a composição das peças de Shakespeare, chegou a conclusão de que Shakespeare pertence ao Barroco, uma vez que suas peças não são construídas de maneira simétrica, descoberta por Wölfflin nos quadros do Renascimento. O número de personagens secundárias, o agrupamento assimétrico delas, a variação da ênfase nos diversos atos da peça: todas estas características foram tomadas como demonstrativas de que a técnica de Shakespeare é a mesma da arte barroca, ao passo que Corneille e Racine – que compuseram as suas tragédias à volta de uma figura central e distribuíram a ênfase entre os atos de acordo com um modelo aristotélico tradicional – são adstritos ao tipo renascentista. Num pequeno livro, Wechselsitige Erhellung der Künste, e em muitos escritos posteriores, Walzel tentou alargar e justificar esta transferência cada vez mais exageradas. O livro de Wellek e de Warren serviu como cânone para o estudo de Teoria Literária entre os anos 1960 e 1980. Apesar de passados cinquenta anos, suas agudas observações são valiosas, refletindo sobre as relações entre a literatura e outras artes. Diante do contexto apresentado, assinale a alternativa correta. Selecione uma alternativa: a) Tanto Wölfflin quanto Walzel identificam uma grande simetria entre as personagens presentes em quadros renascentistas e em peças shakespearianas. b) O grupo de personagens secundárias nas peças de Shakespeare é simétrico, assim como ocorre nas composições plásticas do período renascentista. c) A arte barroca, ainda que presente em Shakespeare na sua ideologia em torno da realeza, está ausente em Corneille e Racine. d) As obras dos franceses Corneille e Racine estiveram mais próximas do modelo aristotélico tradicional, preso ao Renascimento. e) Barroco e Renascimento se opõem totalmente quanto às características estéticas, como atestam as posturas de um lado de Corneille, de outro de Racine.

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Respondido por gilmarap27
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Resposta:

Explicação:

Em 1916 – acabara de ler os Princípios de História da Arte – Walzel empreendeu transferir para a literatura as categorias de Wölfflin. Estudando a composição das peças de Shakespeare, chegou a conclusão de que Shakespeare pertence ao Barroco, uma vez que suas peças não são construídas de maneira simétrica, descoberta por Wölfflin nos quadros do Renascimento. O número de personagens secundárias, o agrupamento assimétrico delas, a variação da ênfase nos diversos atos da peça: todas estas características foram tomadas como demonstrativas de que a técnica de Shakespeare é a mesma da arte barroca, ao passo que Corneille e Racine – que compuseram as suas tragédias à volta de uma figura central e distribuíram a ênfase entre os atos de acordo com um modelo aristotélico tradicional – são adstritos ao tipo renascentista. Num pequeno livro, Wechselsitige Erhellung der Künste, e em muitos escritos posteriores, Walzel tentou alargar e justificar esta transferência cada vez mais exageradas.

O livro de Wellek e de Warren serviu como cânone para o estudo de Teoria Literária entre os anos 1960 e 1980. Apesar de passados cinquenta anos, suas agudas observações são valiosas, refletindo sobre as relações entre a literatura e outras artes. Diante do contexto apresentado, assinale a alternativa correta.

Alternativas:

a)

Tanto Wölfflin quanto Walzel identificam uma grande simetria entre as personagens presentes em quadros renascentistas e em peças shakespearianas.

b)

O grupo de personagens secundárias nas peças de Shakespeare é simétrico, assim como ocorre nas composições plásticas do período renascentista.

c)

A arte barroca, ainda que presente em Shakespeare na sua ideologia em torno da realeza, está ausente em Corneille e Racine.

d)

As obras dos franceses Corneille e Racine estiveram mais próximas do modelo aristotélico tradicional, preso ao Renascimento.

e)

Barroco e Renascimento se opõem totalmente quanto às características estéticas, como atestam as posturas de um lado de Corneille, de outro de Racine.

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