Ed. Física, perguntado por NoahLyxz, 7 meses atrás

elabore uma proposta de intervenção social, para contribuir no período pós-pandemia, o objetivo é tratar sobre a prática da ginástica em casa, indicando possibilidade e cuidados necessário​

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Respondido por gabrieloliveira6293
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Resposta:

INTRODUÇÃO

A relação entre atividade física, saúde, qualidade de vida e envelhecimento vem sendo cada vez mais discutida e analisada cientificamente. Atualmente é praticamente um consenso entre os profissionais da área da saúde que a atividade física é um fator determinante no sucesso do processo do envelhecimento. É o objetivo desta revisão estabelecer os principais fatores determinantes do nível de atividade física durante o envelhecimento e os benefícios do estilo de vida ativo na prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, na mortalidade e na manutenção da capacidade funcional durante esse processo.

Alguns dos conceitos que serão utilizados ao longo da discussão dos assuntos aqui tratados têm sido adequadamente definidos e compilados pelos melhores especialistas da área, que em reunião especial chegaram a alguns consensos1. Dentre aqueles, os conceitos que merecem especial atenção são:

a)Atividade física: definida como qualquer movimento corporal produzido em conseqüência da contração muscular que resulte em gasto calórico.

b)Exercício: definido como uma subcategoria da atividade física que é planejada, estruturada e repetitiva; resultando na melhora ou manutenção de uma ou mais variáveis da aptidão física.

c)Aptidão física: é considerada não como um comportamento, mas uma característica que o indivíduo possui ou atinge, como a potência aeróbica, endurance muscular, força muscular, composição corporal e flexibilidade.

Desta forma poderíamos também considerar a própria definição dos autores1, de epidemiologia da atividade física, como a parte da epidemiologia que se preocupa com: a) a associação entre os comportamentos da atividade física e a doença; b) a distribuição e determinantes dos comportamentos da atividade física em populações específicas; e c) a associação entre atividade física e outros comportamentos.

Nível de atividade física, barreiras e motivação nos adultos de maior idade

Dentre essas associações propostas pela epidemiologia da atividade física, têm surgido pesquisas tentando estabelecer o padrão do nível de atividade física em diferentes populações de indivíduos de maior idade. Em 1994, Caspersen et al.1 compilaram informação de cinco grandes levantamentos realizados na população do sexo masculino maior de 65 anos da Inglaterra, Estados Unidos e Holanda. De acordo com aquelas pesquisas, a caminhada foi uma das atividades mais realizadas, variando de 38% a 72%, seguida pela jardinagem, que foi prevalente entre 37% e 67%. Já atividades como correr, trotar, jogar tênis e golfe foram realizadas por menos que um em cada dez indivíduos.

Dados provenientes de 2.783 homens e 5.018 mulheres maiores de 65 anos de idade da Pesquisa Nacional de Saúde dos Estados Unidos de 19902 determinaram a prevalência de atividade física regular, que naquele estudo foi definida como a participação em atividades físicas no tempo livre por três ou mais vezes por semana e por mais de 30 minutos nas últimas duas semanas. Com esses parâmetros os autores encontraram uma prevalência de atividade física regular de 37% no sexo masculino e 24% no sexo feminino. Mais uma vez, conforme os dados apresentados anteriormente, as atividades mais comumente realizadas foram a caminhada (69% dos homens e 75% das mulheres) e a jardinagem (45% dos homens e 35% das mulheres).

O processo de avaliação diagnóstica do Programa Agita São Paulo realizado na Região Metropolitana e no Interior do Estado de São Paulo determinou o nível de conhecimento, barreiras e facilitadores à prática da atividade física em uma amostra de mais de 2.000 indivíduos maiores de 50 anos. De acordo com os dados encontrados por Andrade et al.3, constatou-se que as barreiras mais freqüentes para ambos os sexos em cidades pequenas do Interior do Estado foram: a) falta de equipamento; b) necessidade de repouso; c) falta de local; d) falta de clima adequado; e e) falta de habilidade. Quando analisamos as barreiras na Capital e nas cidades da Região Metropolitana encontramos que as barreiras mais freqüentemente citadas foram: a) falta de equipamento; b) falta de tempo; c) falta de conhecimento; d) medo de lesão; e e) necessidade de repouso. Foi claramente evidenciado que as barreiras diferem segundo o sexo e o tamanho da cidade, como também são barreiras ligadas à condição de saúde e à vontade do indivíduo. No entanto, eram barreiras que poderiam ser superadas com a divulgação das novas mensagens de promoção da atividade física, que mostram como não há necessidade de equipamento, local, habilidade ou conhecimento para uma pessoa ser regularmente ativa.

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