Sociologia, perguntado por savanamikelly, 5 meses atrás

Elabore uma notícia para uma mídia qualquer em que o tema seja a relação entre a política e a pandemia? Urgente

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Respondido por jesusisabelly
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Resposta:

A pandemia da COVID-19 alterou o cotidiano das pessoas nos aspectos sanitários, econômicos e sociais, e os reflexos dos atuais desafios também adentram no universo político, mais precisamente no processo eleitoral. Isso porque as eleições 2020 vêm se configurando, cada vez mais, em um cenário de incertezas no qual se inserem o eleitorado e as novas rotinas eleitorais que serão impostas para os candidatos aos cargos do Executivo e Legislativo locais. Por essas e outras razões, considera-se que essa será a eleição mais singular, desde a redemocratização brasileira, para os cerca de 140 milhões de eleitores e os quase 500.000 candidatos aos cargos de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, se forem levados em consideração os números do registro das eleições municipais de 2016.

Qualquer previsão sobre as eleições dependerá, diretamente, dos estágios da pandemia no Brasil, assim como do impacto das especificidades de cada localidade (fragilidades socioeconômicas, densidades urbanas e domiciliares, infraestrutura hospitalar disponível, etc.) no combate ao novo coronavírus. O fato é que a pandemia vem mudando a forma como vivemos e também pode abrir espaço para novas dinâmicas de fazer política.

Entrarão em vigor algumas medidas para garantir a segurança sanitária nas eleições: mudanças nas datas, com a aprovação da PEC 18/2020; ausência da biometria; intensificação do marketing eleitoral por meio das mídias sociais (processo esse que era feito preferencialmente através da TV e do rádio); e inviabilidade das aglomerações nas convenções partidárias. Talvez o grande desafio seja não só evitar que o pleito se transforme em um grande vetor de propagação da COVID-19, mas que, também, as regras constitucionais e republicanas não sejam violadas, assegurando a segurança jurídica ao processo e a competitividade entre os candidatos.

Possibilitar a paridade, em que os candidatos tenham de fato oportunidades iguais e justas de concorrerem, é garantir que a jovem democracia tenha as regras do seu jogo respeitadas. Melhor dizendo, a pandemia não pode ser usada como pretexto para fragilizar os elementos democráticos, neste momento em que a confiança institucional é fundamental. Trata-se de um momento decisivo em que as instituições brasileiras têm de demonstrar o compromisso público no enfrentamento do vírus e, também, na garantia de eleições idôneas.

Situações extremas, como uma pandemia, podem tensionar rotinas e ações da própria estrutura institucional e, além de descortinarem aspectos pouco visíveis das estruturas sociais e da qualidade dos serviços públicos, podem tornar-se ainda mais desafiadoras para a reeleição, destacadamente quando se considera a possibilidade de um oportunismo político frente às medidas adotadas para a prevenção e o combate ao agente pandêmico.

Explicação: espero ter ajudado!

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