Ed. Física, perguntado por viniciusdinizaires13, 8 meses atrás

Elabore um texto informativo sobre a participação das mulheres nas Olimpíadas.

Soluções para a tarefa

Respondido por gcbgabi43
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Resposta:

Esporte nunca foi considerado “coisa de mulher”. Nos tempos mais primórdios, quando os gregos criaram os Jogos Olímpicos da Antiguidade, elas já eram excluídas da competição. Depois, na oficialização da Olimpíada “moderna”, as mulheres foram orientadas a ficar “no lugar delas”. Como muita gente ainda insiste hoje em dia.

A primeira participação feminina em Olimpíadas aconteceu em 1900, e em apenas duas modalidades: tênis e golfe. Mas as proibições seguiram. No Brasil, chegaram até a oficializar um decreto-lei que proibia as mulheres de praticarem esportes “incompatíveis com a sua natureza”, como o futebol, a luta, e muitos outros. Somente em 1979 ele foi derrubado. Em 1991 foi organizada a primeira Copa do Mundo delas. E apenas em 2012 as mulheres puderam finalmente disputar todas as modalidades olímpicas que os homens disputavam.

O caminho até lá não foi fácil, mas talvez por isso seja motivo de orgulho. Cada mulher que já subiu a um pódio levou consigo muito mais do que a medalha. A conquista de uma é resultado da luta de muitas outras no passado e, ao mesmo tempo, é a semente para que tantas mais venham no futuro. Nada disso veio de mão beijada. Por isso, pedimos licença para trazer aqui um pedaço dessa história. São muitos os capítulos e não há espaço para falar de todos, então escolhemos focar nos feitos das brasileiras para fazer jus às nossas origens. É só um pouco da luta que trouxe as mulheres até aqui.

A primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna aconteceu na Grécia, em 1896, por iniciativa de um francês chamado Pierre de Frédy, mais conhecido como Barão de Coubertin, o criador do Comitê Olímpico Internacional. Ele era abertamente contrário à participação das mulheres no esporte, porque dizia que elas seriam sempre “imitações imperfeitas”. Sendo assim, a primeira Olimpíada oficial teve a participação de 241 atletas, todos homens, representantes de 14 países. Mulher só na plateia.

No entanto, diz a história que houve uma mulher que desafiou essa regra. Stamata Revithi teria corrido a maratona, prova mais tradicional dos Jogos da Grécia, do lado de fora do estádio um dia depois dos homens terem competido. Foram quase seis horas correndo para percorrer os 42km, mas ela conseguiu terminar. Ela chegou a buscar testemunhas para assinar um documento atestando seu feito, mas o Comitê Olímpico não guardou qualquer registro disso.

Após algumas iniciativas terem surgido para as mulheres ocuparem também os campos de futebol, foi em 1941 que veio o balde de água fria. O Brasil vivia a ditadura de Getúlio Vargas, e um decreto foi baixado para coibir a prática esportiva para as mulheres. “Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o CND baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país”, determinava o Decreto-Lei 3.199 do Conselho Nacional de Desportos (CND) em 1941.

Esportes como lutas de qualquer natureza, futebol, futebol de salão, futebol de praia, polo aquático, rugby, halterofilismo e beisebol, foram proibidos para mulheres. A partir disso, muitas declarações de especialistas e leigos surgiram para justificar o perigo que o esporte representava para elas.

Espero ter ajudado!

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