Elaborar um texto sobre:Saúde individual e coletiva
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Resposta:
Precisamos falar sobre o pão nosso de cada dia. Por que? Porquê das 10 doenças que mais matam no mundo atualmente, 7 são decorrentes de maus hábitos, especialmente a nutrição inadequada. É um paradoxo: quanto mais informação e disponibilidade de alimentos, mais adoecemos e morremos, configurando as doenças crônicas não transmissíveis em uma epidemia mundial que atinge a todas as classes sociais.
Homo sapiens, do latim, significa homem sábio, dotado de autoconsciência, racionalidade e sapiência. Qualidades mentais que diferenciam os humanos e nos dão vantagem competitiva sobre todas as outras espécies animais. Somos onívoros pela nossa natureza biológica, dotados de uma ampla capacidade de nos nutrirmos com diferentes tipos de alimentos de origem vegetal ou animal em diversos ambientes e, ainda por cima, dominamos o fogo, a agricultura e a mágica habilidade de cozinhar.O grande paradoxo é termos o mais amplo conhecimento e oferta de alimentos da história, mas não tirarmos vantagem disso. Ao contrário, praticamos uma dieta que nos faz adoecer.
Enquanto os animais não humanos, em seu habitat natural, sabem exatamente o que comer, nós, os sapiens, ignoramos todo o legado cognitivo e cedemos às tentações da indústria alimentícia, dia após dia, em nome do desejo, da praticidade e da conveniência, substituindo os alimentos in natura por produtos alimentícios ultraprocessados, excessivamente doces ou salgados e gordurosos, refinados e destituídos de vitalidade e nutrientes básicos como as fibras.
Além disso, toda a cadeia alimentar precisa ser revista. Cada indivíduo precisa fazer a sua parte cuidando de si mesmo, e agindo ética e solidariamente na comunidade. A atuação da população deve estar alinhada com as políticas sociais, de saúde, agricultura, comércio, indústria, em um sistema multidisciplinar e colaborativo entre sociedade civil, governo, setor privado e organizações não governamentais (ONGs) com o objetivo de construir um futuro saudável a partir de um presente consciente, orientado por uma ampla visão de interconexão e não apenas pela satisfação de necessidades financeiras imediatas.
Essa alimentação pós-moderna, baseada em monoculturas que geram alimentos processados, preconiza agilidade, mobilidade,padronização do sabor e refeições individuais a preços baixos, “sufoca” os pequenos produtores e degrada o meio ambiente, além de estar intimamente relacionada à crescente epidemia de obesidade consequente do desequilíbrio na oferta de nutrientes e da ingestão excessiva de calorias. Para nos convencer dos benefícios dessa dieta, o controverso marketing da indústria alimentícia, por meio de jogos de palavras, comunicação visual ambígua e posicionamento dos itens nas gôndolas dos supermercados, faz seus produtos alimentícios parecerem o que não são.
Anualmente são investidos centenas de bilhões de dólares em publicidade no Brasil, com destaque para o setor de alimentação e bebidas (liderado pelo segmento de cervejas, carnes, aves e derivados), representando 10% do total de investimentos, à frente dos setores automotivo, financeiro e farmacêutico, tendência que vem se repetindo a cada ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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