Português, perguntado por samuelalextribess3, 9 meses atrás

elaborar um poema cordel​

Soluções para a tarefa

Respondido por diariodalolo90
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Resposta:

da: Detalhe da capa do "Cordel do Coronavírus", com arte de Klévisson Viana

"Cordel do Coronavírus" é de autoria de Tião Simpatia, cordelista e repentista que aprendeu a ler e escrever no município de Granja, interior do Estado, justamente a partir da literatura que divulga hoje para o mundo. A mais recente produção textual sob sua pena é bastante direta: prevenção é o remédio para o combate do que nos assola atualmente. Com muita engenhosidade e senso crítico, porém, os versos ultrapassam essa questão.

"O objetivo do cordel, para além de esclarecer sobre a doença, é um convite às pessoas para fazerem uma reflexão sobre a vida, sobre o que realmente importa", explica o autor. Leia na íntegra:

Cordel do Coronavírus

Autor: Tião Simpatia

(Desafio para combater o Corona e outros males...)

I

Como um rastilho de pólvora

A COVID 19

Espalha-se pelo mundo

E o pânico promove!

Mas tem gente que “faz hora”,

Ironiza, ignora

Esse perigo iminente.

Prevenção é o remédio

Ainda que cause tédio

Ficar em casa é prudente.

II

Mas quando ficar em casa

Não for uma opção?

O jeito é entregar a Deus

E pedir Sua proteção.

Nem preciso repetir

Quais os métodos a seguir

Pois sei que você já sabe...

Que Deus abençoe seu dia

E que essa pandemia

Passe logo! Logo acabe!

III

Lave as mãos com álcool em gel,

Ou com água e sabão!

Também faça uma limpeza

Na alma e no coração.

E por favor, não esqueça

De limpar bem a cabeça

Filtrando os bons pensamentos

Expurgue do coração

O ódio, a ambição,

Da alma, os ressentimentos.

IV

Isole-se para o mundo,

Para o mundo exterior!

Permita-se viajar

No seu mundo interior.

Faça uma reflexão

Sobre a vida, sobre o quão

Importante é amar...

Mantenha a serenidade,

Reflita sobre amizade,

Sobre o que deve importar.

V

Aproveite a quarentena,

Enquanto se higieniza

E veja o tanto de coisa

Que você tem e não precisa.

Desapegue! Desapegue!

O que tá sobrando, pegue

E faça uma doação.

Isso vai lhe fazer bem

Saber que ajudou alguém

Na hora da precisão.

VI

Feche as fronteiras físicas,

Abra as imaginárias;

Viaje em um bom livro,

São medidas necessárias

Pra prevenir esse Vírus,

Já que não há antivírus

Com efeito comprovado.

Guarde essas lições de cor

E mundo será melhor

Só por você ter mudado.

VII

O Brasil já decretou

Estado de Emergência,

De Calamidade Pública

E apela pra consciência

Coletiva da nação.

Eu vi na televisão

Os Três Poderes, unidos

Diante desse dilema

Na solução do problema

Que fomos acometidos.

VIII

Temos que deixar de lado

Nossas arestas políticas

Que polarizam o País

Tornando as coisas mais críticas!

Não vamos nos dividir,

Precisamos nos unir,

Usemos a inteligência!

Não ponha lenha no fogo

Aqui o que tá em jogo

É nossa sobrevivência.

IX

Não espalhe Fake News,

Isto é muito importante:

Cheque a fonte da notícia

Antes de passá-la adiante.

Evite aglomerações,

Siga as recomendações

Dos órgãos oficiais.

Foi dado o sinal de alerta

Se fizer a coisa certa

Protegerá seus iguais.

X

Tenha consciência cívica

Obedeça o protocolo;

Não jogue no colo alheio

O que não quer no seu colo!

Não lucre com a desgraça,

Pratique os preços da praça,

O PROCON está de olho!

Quem dos preços abusar

Eu acho melhor botar

As suas “barbas de molho”!

XI

Bote a máscara da saúde,

Tire a máscara da moral;

Todos nós usamos máscaras

No convívio social!

Mude hábitos e conceitos

E os velhos preconceitos,

Que tal higienizá-los?

Essa crise, na verdade

É uma oportunidade

Pra ressignificá-los.

XII

Não brinque com coisa séria,

Humor com isso não faça;

Pessoas estão morrendo

E não tem a menor graça!

E se fosse um dos seus...?

Porém, se acredita em Deus

Reze, faça uma oração

Para o deus da sua crença

Subestimar a doença

É andar na contramão...

XIII

Na contramão do bom senso,

Do espírito republicano;

Do que diz a OMS

No seu detalhado plano

Pra conter a pandemia

Trabalhando noite e dia

Vamos seguir seu modelo.

Torcer pra que a medicina

Descubra logo uma vacina

E acabe esse pesadelo.

XIV

Parece até demagógico

Pedir pra ficar em casa,

Quem precisa trabalhar

Senão o aluguel atrasa.

Um fator sociológico;

Outro epidemiológico;

Que grande contradição!

Classe alta, baixa e média

Vítimas da mesma tragédia

Mas no mesmo barco, não!

XV

O barco da classe rica

É um iate de luxo;

Enquanto o da classe pobre

Não tem comida pro bucho.

Falta gel, água, sabão

Máscara, ventilação,

Até sabonete falta!

Já parou pra pensar nisso?

E aí? Vai ficar omisso?

Você que é da classe alta?

XVI

São perguntas sem respostas...

Esse é nosso País!

A bola está com você

Que patriota se diz.

Deixemos as teorias

E as ideologias...

E aquele um 1º (um por cento)

Da população mais rica,

Será que se prontifica

A ajudar nesse momento?

XVII

Vamos tecer uma rede

De solidariedade

Com o tecido da esperança

E os punhos da amizade.

Armar do Sul para o Norte

Essa rede larga e forte,

Deixá-la bem estendida...

Pra quando a crise passar

A gente se balançar

Cantando a canção da vida!

XVIII

O desafio está feito

E eu quero ver quem aceita!

Independente se é

De esquerda o de direita.

Não é sigla partidária,

É questão humanitária

O cerne dessa questão!

Como e quem ajudar?

Basta querer enxergar

E logo verá quem são!

Explicação:

espero que tenha ajudado!

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