Português, perguntado por LeooZ22, 7 meses atrás

Ela foi baleada na cabeça aos 15 anos por defender a educação feminina. Ganhadora de diversos prêmios, jovem é cotada para o Nobel da Paz.

Malala em foto de 27 de setembro de 2013 Premiada por diversas organizações recentemente – como o respeitado Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, do Parlamento Europeu – e uma das mais cotadas para ser laureada com o Nobel da Paz nesta sexta-feira (11), a paquistanesa Malala Yousafzai, de 16 anos, não conquistou sua notoriedade de maneira fácil. A jovem se tornou conhecida ao mundo há um ano, após ser baleada na cabeça por talibãs ao sair da escola. O ataque aconteceu no dia 9 de outubro. Malala seguia em um ônibus escolar.

Seu crime foi se destacar entre as mulheres e lutar pela educação das meninas e adolescentes no Paquistão – um país dominado pelos talibãs, que são contrários à educação das mulheres.

No Vale de Swat, no noroeste do país profundamente conservador, onde muitas vezes se espera que as mulheres fiquem em casa para cozinhar e criar os filhos, as autoridades afirmam que apenas metade das meninas frequentam a escola – embora este número fosse ainda menor, de 34%, segundo dados de 2011.

Malala cresceu e nasceu neste contexto. No início de sua infância, a situação ainda era melhor, com a educação das meninas sendo realizada sem muito questionamento. Nos anos 2000, entretanto, a influência do talibã se tornou cada vez maior, até que o grupo dominou a região, em 2007.

Em 2008, o líder talibã local emitiu uma determinação exigindo que todas as escolas interrompessem as aulas dadas às meninas por um mês. Na época, ela tinha 11 anos. Seu pai, que era dono da escola onde ela estudava, e sempre incentivou a educação, pediu ajuda aos militares locais para permanecer dando aulas às meninas. Entretanto, a situação era tensa.

Naquela época, um jornalista local da BBC perguntou ao pai de Malala se alguns jovens estariam dispostos a falar sobre sua visão do problema. Foi quando a menina começou a escrever um blog, “Diário de uma estudante paquistanesa”, no qual falava sobre sua paixão pelos estudos e as dificuldades enfrentadas no Paquistão sob domínio do talibã.

O blog era escrito sob um pseudônimo, mas logo se tornou conhecido. E Malala não tinha receios em falar em público sobre sua defesa da educação feminina.

A família de Malala sabia dos riscos – mas eles imaginavam que caso houvesse um ataque, o alvo seria o pai da menina, Ziauddin Yousafzai, um ativista educacional conhecido na região.

Quando houve o ataque, a situação já estava mais calma – os talibãs já haviam perdido o controle do Vale do Swat para o exército, em 2009. Por isso, o tiro levado pela menina foi ainda mais chocante.

Posteriormente, ela contou ter achado estranho o fato de as ruas estarem vazias. Pouco depois, dois jovens subiram no ônibus e dispararam. Além de Malala, outras duas meninas foram baleadas. Um grupo de médicos britânicos que estava no país, foi convidado para avaliar a situação de Malala.

O caso passou a ser acompanhado por todo o mundo, e o próprio governo do Paquistão passou a ter mais atenção. A menina foi transferida para Birmingham, onde receberia tratamento e teria mais chances de se recuperar. A chegada de Malala ao Reino Unido aconteceu seis dias após o ataque. Ela foi mantida em coma induzido, e quando despertou, dez dias depois, logo demonstrou estar consciente, procurando questionar onde estava e o que havia ocorrido, mesmo estando entubada e não podendo falar.

A jovem teve alta apenas em janeiro, e continuou o tratamento na Inglaterra, onde passou a viver com sua família. Atualmente, ela frequenta uma escola na cidade de Birmingham.

Mesmo estando na Inglaterra, ela continuou a receber diversas ameaças dos talibãs. O governo do Paquistão chegou a identificar alguns dos talibãs que teriam participado do ataque, mas ninguém permaneceu preso.

Recentemente, em entrevista à BBC, Malala disse que “a melhor maneira de superar os problemas e lutar contra a guerra é através do diálogo. Esse não é um assunto meu, esse é o trabalho do Governo (...) e esse é também o trabalho dos EUA”.


Questão 04- Examine os trechos seguintes retirados do texto e escreva:  

-F, se for um fato.

- I, se for uma interpretação.

-O, se for uma opinião.



Observe que, em algumas interpretações, está implícita uma opinião. Nesse caso, indique o trecho por I e O.

a) “Ela foi baleada na cabeça aos 15 anos por defender a educação feminina”. ( )

b) “... eles imaginavam que, caso houvesse um ataque, o alvo seria o pai da menina. ( )

c) “Quando houve o ataque, a situação já estava mais calma”. (  )

d) “Por isso, o tiro levado pela menina foi ainda mais chocante.” (  )

e) “A menina foi transferida para Birmingham.” (  )

f) “... a melhor maneira de superar os problemas e lutar contra a guerra é através do diálogo.” (  )

@madumage



madumage: resposta:

Soluções para a tarefa

Respondido por yuri14rodrigues
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Temos como informação interpretativa, fato ou opinião o seguinte:

A)  F

B) O

C)  F

D) O

E)  I

F) O  

Interpretação do texto

Nesta construção, temos que informações sobre Malala Yousafzai, que na época em que foi baleada ela tinha apenas 15 anos.

Ela sofreu este atentado terrorista após dizer que não concordava com as atitudes da facção do Talibã, que acabou tendo conhecimento do posicionamento da paquistanesa.

A opinião explícita é aquela em que o narrador acaba falando do seu ponto de vista sobre um tema. A opinião implícita está nos detalhes sobre algo que já ocorreu.

Um fato é aquele onde acontecimentos são apenas mencionados de maneira imparcial.

Veja mais sobre a opinião em https://brainly.com.br/tarefa/47311315

#SPJ2

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