Filosofia, perguntado por Frozinhaazul, 1 ano atrás

Eh comum as pessoas identificarem Hobbes como defensor do absolutismo real

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Respondido por Instrutor1Joas
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HOBBES E O ESTADO ABSOLUTO

"Sejamos o lobo do lobo do homem"

(Caetano Veloso)

"Durante o tempo em que os homens vivem sem um poder comum capaz de os manter a todos em respeito, eles se encontram naquela condição a que se chama guerra; e uma guerra que é de todos os homens contra todos os homens".  

(Hobbes)

"E os pactos sem a espada não passam de palavras, sem força para dar qualquer segurança a ninguém. Portanto, apesar das leis da natureza (que cada um respeita quando tem vontade de respeitá-la e quando pode fazê-lo com segurança), senão instituído um poder suficientemente grande para nossa segurança, cada um confiara, e poderá legitimamente confiar, penas em sua própria força e capacidade, com proteção contra todos os outros".

(Hobbes)


BREVE INTRODUÇÃO TEMÁTICA

Thomas Hobbes (1588 a 1679), de família pobre, conviveu com os nobres ingleses, de quem recebeu o apoio e condições para estudar, e defendeu com bravura o poder absoluto, que estava ameaçado por novas formas liberais.

Preocupou-se, entre outras coisas, com os problemas do conhecimento, principal tema debatido no século XVII. Escritor nato escreveu sobre política: as obras de Cive e Leviatã.

No século XVII o absolutismo, atingiu o apogeu, entre vários movimentos contra, baseados em idéias liberais. Na primeira fase o absolutismo favoreceu a economia mercantilista, pois as indústrias que surgiam eram protegidas pelo governo, já na segunda fase desenvolveu-se o capitalismo comercial repelindo a intervenção do Estado, pois a economia burguesa crescente agora é quase livre. Neste período a vida política é agitada por movimentos revolucionários: na França, terminada a Guerra dos Trinta Anos, (1618 a 1648), na Inglaterra, estoura a Fronda Cromwell, comandando a revolução Puritana, destrona e executa o rei Carlos I (1649).


O ESTADO DE NATUREZA E CONTRATO

Os filósofos do século XVII estão extremamente preocupados em justificar os poderes do Estado sem recorrer a intervenção divina ou qualquer explicação religiosa. Daí a preocupação com a origem do Estado. Ressaltando de que não se trata de uma visão histórica, de modo ingênuo tirar a conclusão de que a "origem" do Estado está referida a preocupações com o seu começo. Este termo deve ter e ser entendido com sentido lógico, e não cronológico como sua razão de ser. O principal ponto não é a história, mas sim a ordem social e política, a base legítima do Estado. Como será examinado em seguida sobre o que é o liberalismo e, as teorias de contrato representam uma legitimidade do poder que os novos pensadores políticos esperam encontrar na representatividade do poder e no consenso, teorias já existente em Hobbes, embora a partir de propostas diferentes dos liberais.

O ponto como existente entre os filósofos contratualistas é de que os mesmos partem de uma análise dos homens em Estado de natureza, ou seja, antes de estar em sociedade, desfruta de todas as coisas, realiza os seus desejos e é dono de um poder ilimitado. Onde no Estado de natureza, o ser humano tem direito a tudo: "jus naturale", liberdade que cada homem possui de seus poderes, como bem entender, para preservar sua própria natureza, isto é, de sua vida. A situação dos homens deixados a si próprios é de desordem, geradora de insegurança. Os interesses dos homens sobre os outros homens os tornam lobos de si mesmos para com os outros (homo homini lupus). As disputas de uns contra os outros geram as guerras que levam prejuízos na indústria, na agricultura, na navegação, ciências e para o próprio conforto para com os homens. Na visão de Hobbes o homem reconhece da necessidade de que "renunciar aos seus próprios direitos, entre outras coisas, contentando-se com na liberdade que os outros homens têm sobre si mesmo". A nova "ordem" de vivência gira em torno de contrato, pelo qual os homens admitem que um grupo de homens tome decisões sobre outros grupos humanos. Assim o homem não sendo um ser social por natureza será por artifícios.


O ESTADO ABSOLUTO

Para Thomas Hobbes o poder dos soberanos deve ser absoluto, ilimitado. Assim a transmissão desses poderes deve ser absoluto caso não, pode se instalar conflitos que podem gerar uma guerra. Também o soberano não pode ser o dono único dos poderes, pois assim o povo (súditos) não caberá decidir se o mesmo é justo ou injusto, pois se torna contraditório dizer que o governo é justo ou injusto, se abusa ou não dos poderes a ele concebidos. Neste ponto fica desfeito o mal-entendido comum pelo qual Hobbes é identificado como um defensor do absolutismo real. Na verdade o Estado pode ser monárquico, quando é formado por apenas um governante, como pode ser formado por alguns ou muitos, um dos exemplos mais comuns pode ser uma assembléia. O Estado não pode ser contrário: é absoluto. Para Hobbes o poder de soberano não deve ser partilhado, o que o faz chegar a essa conclusão é que a partindo da constatação de disputa gerada.

ESPERO TER AJUDADO!!!!

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