Editorial da manifestação de junho de 2013. Com no maximo 20 linhas, mínimo 15 linhas e que contenha 3 parágrafos.
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No dia 11 de janeiro deste ano, manifestantes do Movimento Passe Livre (MPL) protestavam contra o aumento das tarifas de ônibus, metrô e CPTM em São Paulo, que subiram de R$ 3,80 para R$ 4. A tímida mobilização em nada lembrava os acontecimentos de cinco anos atrás, em junho de 2013: no dia 20 daquele mês,
1,25 milhão de pessoas ocuparam as ruas de 130 cidades do país.
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“Junho de 2013 expressou uma resistência às formas de mercantilização do trabalho e das terras urbanas manifestada por um desejo de mais democracia e investimentos públicos”, afirma o sociólogo da USP Ruy Braga. A mobilização, iniciada como um protesto contra o aumento da tarifa dos ônibus — que passaria de R$ 2,80 para R$ 3 —, cresceu proporcionalmente à violência empregada pela Polícia Militar de São Paulo contra os manifestantes.
Logo, as ruas foram ocupadas por conta de demandas diversas: habitação, saúde, transporte e educação. “Foi um autêntico movimento de resistência, mas que tinha no horizonte reformas sociais que fossem além das timidamente ensaiadas pelos governos Lula e Dilma”, diz Braga.
A onda de insatisfação reverberou na presidente Dilma Rousseff, que tinha aprovação de 57% e viu sua popularidade cair à metade naquele mês. As ruas, historicamente ocupadas pela esquerda, também passaram a ser disputadas por grupos que se opunham tanto ao Partido dos Trabalhadores (PT) quanto aos demais movimentos esquerdistas que faziam oposição aos governos petistas. Diferentes analistas consideram que as megamobilizações pró-impeachment de 2016 foram gestadas naqueles dias de junho.
“O que prevaleceu de Junho de 2013 é um tipo de narrativa bem ilusória e reacionária”, considera Braga. Assim, o que começou como um pedido por mais investimentos na área pública resultou em mais recursos para a área privada. Por outro lado, enfraqueceu partidos tradicionais, como PT e PSDB, e abriu espaço para os movimentos sociais — que, na visão do sociólogo, sabem dialogar melhor com as demandas apresentadas. “Vimos uma multiplicação de ocupações de terra, luta por moradia e mesmo greves dos setores subempregados”, considera Braga.
Jornada em Junho
O dia 20 marcou a maior manifestação de junho de 2013, com 1,25 milhão de pessoas nas ruas em 130 cidades. Veja um fluxo que mostra os maiores protestos:
MAIORES PROTESTOS EM JUNHO DE 2013 (FOTO: GALILEU)
E as tarifas?
Mudança do preço da tarifa de ônibus em algumas cidades brasileiras
VARIAÇÃO DO PREÇO DA TARIFA DE ÔNIBUS (FOTO: GALILEU)
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“Junho de 2013 expressou uma resistência às formas de mercantilização do trabalho e das terras urbanas manifestada por um desejo de mais democracia e investimentos públicos”, afirma o sociólogo da USP Ruy Braga. A mobilização, iniciada como um protesto contra o aumento da tarifa dos ônibus — que passaria de R$ 2,80 para R$ 3 —, cresceu proporcionalmente à violência empregada pela Polícia Militar de São Paulo contra os manifestantes.
Logo, as ruas foram ocupadas por conta de demandas diversas: habitação, saúde, transporte e educação. “Foi um autêntico movimento de resistência, mas que tinha no horizonte reformas sociais que fossem além das timidamente ensaiadas pelos governos Lula e Dilma”, diz Braga.
A onda de insatisfação reverberou na presidente Dilma Rousseff, que tinha aprovação de 57% e viu sua popularidade cair à metade naquele mês. As ruas, historicamente ocupadas pela esquerda, também passaram a ser disputadas por grupos que se opunham tanto ao Partido dos Trabalhadores (PT) quanto aos demais movimentos esquerdistas que faziam oposição aos governos petistas. Diferentes analistas consideram que as megamobilizações pró-impeachment de 2016 foram gestadas naqueles dias de junho.
“O que prevaleceu de Junho de 2013 é um tipo de narrativa bem ilusória e reacionária”, considera Braga. Assim, o que começou como um pedido por mais investimentos na área pública resultou em mais recursos para a área privada. Por outro lado, enfraqueceu partidos tradicionais, como PT e PSDB, e abriu espaço para os movimentos sociais — que, na visão do sociólogo, sabem dialogar melhor com as demandas apresentadas. “Vimos uma multiplicação de ocupações de terra, luta por moradia e mesmo greves dos setores subempregados”, considera Braga.
Jornada em Junho
O dia 20 marcou a maior manifestação de junho de 2013, com 1,25 milhão de pessoas nas ruas em 130 cidades. Veja um fluxo que mostra os maiores protestos:
MAIORES PROTESTOS EM JUNHO DE 2013 (FOTO: GALILEU)
E as tarifas?
Mudança do preço da tarifa de ônibus em algumas cidades brasileiras
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