Administração, perguntado por xcometogetherx, 1 ano atrás

ECONOMIA!!
Um aumento na extensão do mercado aumenta o número de bens intermediários disponíveis para a produção de bens finais. Como explicar essa organização mais detalhada do processo de produção no contexto global?

Soluções para a tarefa

Respondido por G4briel1242
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Amigo não sei a resposta muito bem mas vou explicar algumas coisas sobre economia, Você pode até achar a resposta aí!

Durante as duas últimas décadas vários países alcançaram crescimento econômico rápido, enquanto a distribuição da renda permaneceu muito desigual. O Brasil tem sido, muitas vezes, citado como exemplo desse tipo de experiência, compartilhado por países como o México, a Malásia, as Filipinas, a Turquia e a Venezuela. A economia brasileira cresceu a uma taxa espetacular de 8,5% ao ano, em termos reais, de 1960 a 1980. Após um período de estabilização econômica no meio da década de 60, vieram os anos do "milagre", quando o crescimento girou em torno de 11,5%, alentado por um ambiente internacional propício, impulsionado por uma recuperação cíclica e estimulado por reformas criativas de política. Desde a crise do petróleo, em 1973, o crescimento desacelerou, girando em tomo de 7,1%.

Embora ainda elevado, o crescimento do Brasil tem sido sustentado somente às custas de uma inflação crescente e empréstimos maciços no exterior. Enquanto a inflação se situava abaixo de 20% em 1973, durante 1980 ela atingiu 110%, o maior nível da história do Brasil e mais que o triplo da taxa média no período 1965-80. Além disso, a dívida externa cresceu em mais de US$40 bilhões entre o final de 1973 e o final de 1980, atingindo um total de mais de US$54 bilhões, a maior entre os países em desenvolvimento. Por volta de abril de 1981, as reservas internacionais do Brasil tinham caído para US$6,3 bilhões, equivalentes ao custo das importações de apenas dois meses.

A perspectiva a médio prazo não é risonha. É provável que, mesmo com a permanência do crescimento rápido das exportações e com a taxa relativamente baixa de crescimento do PIB (5 ou 6% por ano), a conta do serviço da dívida e as importações de petróleo, sozinhas, absorvam o total de ganhos com as exportações pelo menos para os próximos três anos. Essa taxa de crescimento do PIB será, provavelmente, insuficiente para absorver os novos contingentes da força de trabalho - sem se falar na redução do nível de subemprego se o estilo recente de crescimento for mantido. Mas mesmo esse cenário de crescimento mais lento depende de desenvolvimentos da economia internacional. Eventos fora de controle do Brasil - outros aumentos nos preços reais do petróleo, prolongado crescimento mais lento dos países da OCDE, protecionismo crescente nos mercados de exportação do Brasil e acesso restrito aos mercados internacionais de capital - poderiam forçar nova redução na taxa de crescimento econômico.

A contemplação da crise econômica que o Brasil enfrenta leva à pergunta se o Brasil pode alterar sua estratégia de desenvolvimento econômico, de modo a alcançar maior emprego por unidade de capital investido, menor demanda energética por unidade de produção e menos importações por unidade de produção, reestruturando, desse modo, a economia, para levar em conta o maior preço real da energia e o ambiente econômico internacional menos favorável, que provavelmente caracterizarão a década de 80.

Neste trabalho, argumentarei que é expandindo o mercado interno, através de uma série de reformas redistributivas destinadas a satisfazer a demanda latente de milhões de famílias pobres do Brasil por serviços públicos básicos e por bens de salários, que o perfil da demanda final (consumo e investimento) pode ser revertido para atingir esses três objetivos econômicos. Mais ainda, eu argumentarei que o que é plausível no sentido econômico também o é nos sentidos político e social.

Entre importantes elites brasileiras - militares, clero, políticos, tecnocratas, intelectuais e empresários privados - tem-se desenvolvido o consenso de que a "questão social" deve ser atacada, caso se queira atingir a meta amplamente defendida de criar uma sociedade democrática e desenvolvida. Em resposta a fortes pressões de baixo, bem como a seus próprios valores professados, os atuais líderes do Brasil optaram por uma liberalização política gradual e se comprometeram a melhorar as condições de vida dos pobres.

Em princípio, o progresso no rumo da democracia, a solução de graves problemas sociais e o ajuste estrutural da economia ao longo das linhas indicadas se reforçam mutuamente. Uma democratização bem-sucedida viria fortalecer o poder político dos pobres, facilitando então as reformas redistributivas necessárias à reestruturação econômica. É, porém, difícil conceber como o processo de liberalização política, que começou com o Presidente Geisel e se intensificou com o Presidente Figueiredo, poderá persistir por muito tempo sem progressos econômico e social substanciais para aqueles que, como o atual Governo admite publicamente, não obtiveram uma parcela justa do rápido crescimento econômico do Brasil.

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