Economia, sociedade, política da China e da Europa ocidental
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As relações entre a União Europeia e a China
Comunicação apresentada no VI EU-China Forum CEIBS, Universidade Católica Portuguesa, 12|Novembro|2007
Estudos Regionais - Europa
Estudos Regionais - Ásia
Comunicação apresentada no VI EU-China Forum CEIBS, Universidade Católica Portuguesa, 12|Novembro|2007
Estudos Regionais - Europa
Estudos Regionais - Ásia
Karl Marx disse uma vez que a China era o “exacto oposto” da Europa[1]. Não obstante, isso não impedia, na sua opinião, que a China acelerasse a revolução europeia, pela perturbação politica e social que podia resultar do fim do “isolamento completo” do Império do Meio, imposto pelos “navios de guerra ingleses, franceses e americanos”.
O texto de Marx, escrito no tempo das Guerras do Ópio e das revoluções de 1848, parece irremediavelmente ultrapassado. No nosso tempo, é impensável imaginar as canhoneiras inglesas ou francesas, ou mesmo americanas, a impor a sua ordem na China, tal como é impensável uma revolução na Europa moderna.E, no entanto, continua a ser interessante ler o artigo do New York Daily Tribune.Naturalmente, para os defensores – ocidentais ou chineses - da tese sobre o choque das civilizações, a China e a Europa continuam a ser incompatíveis. Não há dúvida de que os valores, a cultura e a visão do mundo chinesa e europeia continuam a ser profundamente diferentes e, por vezes, incompatíveis. Porém, desde as Guerras do Ópio, a China e a Europa deixaram de viver em tempos diferentes. A China, no fim de uma longa transição, adoptou o modelo hegeliano do Estado moderno e, em 1949, com a fundação da República Popular da China, estabeleceu um regime comunista. Para o bem e para o mal, há poucas coisas mais ocidentais do que o Estado hegelianoe a ideologia marxista. Nesse sentido, embora sem deixar de ter em conta o trabalho persistente de sinicização da ideologia alemã da revolução socialista, a China do nosso tempo já não é o “exacto oposto” da Europa.No mesmo sentido, a China, no fim de uma longa transição, conseguiu encontrar o caminho para se integrar na economia moderna, a qual, salvo melhores opiniões, é uma invenção ocidental. Os maus espíritos podem entender que as elites chinesas só deviam ter admitido a possibilidade de impor um regime marxista depois, e não antes de terem instalado uma economia capitalista. Mas há uma certa pertinência na fórmula do “capitalismo comunista”, cunhada por Claus Offe, um dos últimos discípulos da Escola de Frankfurt. Se o marxismo fosse uma teoria e uma prática da modernização devia poder rever-se na grande transformação dos últimos anos, sobretudo a partir de 1978, que provocou, paralelamente, a urbanização e a industrialização da China. Também nesse sentido, a China do nosso tempo já não é o “exacto oposto” da Europa.Ao contrário da China, a Europa não mudou muito desde os tempos de Karl Marx.Porém, tal como Hegel tinha anunciado, o sucesso universal do seu modelo de modernização do Estado, da sociedade e da economia destruiu a centralidade da posição internacional da Europa. A integração europeia é uma forma de compensar o retraimento inevitável das potências europeias, que deixaram de ser os produtores de inovação e passaram a ser vulneráveis às mudanças politicas, económicas e sociais provocadas pela universalização do modelo ocidental. Nesse sentido, a Europa do nosso tempo – a União Europeia - está muito mais exposta aos efeitos politicos, económicos e sociais internos induzidos pela competição internacional do que no tempo de Karl Marx.As relações entre as Comunidades Europeias e a China têm uma história curta[2].O principio dessa história coincide com o fim do isolamento diplomático da República Popular da China, na sequência do reconhecimento do regime comunista chinês pelos Estados Unidos, em 1972, e com o inicio do ciclo de abertura e de reforma, na sequência da sucessão de Mao Tsetung por Deng Xiaoping, que se concluiu em 1978.As relações formais entre as Comunidades Europeias e a China começam em 1975, depois da normalização das relações diplomáticas entre a República Popular e o conjunto dos Estados membros das Comunidades Europeias.Essa viragem resulta de uma mudança estratégica da Guerra Fria em que as potências europeias ocidentais não têm uma intervenção autónoma. Do lado chinês, todavia, parece existir, nessa altura, uma expectativa forte sobre a relevância estratégica da Europa Ocidental e a expressão de um apoio politico à unidade europeia.Na “Teoria dos Três Mundos”, oficialmente apresentada por Deng Xiaoping em 1974, a distinção entre o “Primeiro Mundo” – as duas super-potências –, o “Segundo Mundo” – a Europa Ocidental e o Japão – e o “Terceiro Mundo” – a China e o resto – tem implicita uma estratégia de aliança entre a China e as potências secundárias contra o “hegemonismo” bipolar. O “inimigo principal” é a União Soviética, mas, na “Frente Unida” contra a principal potência comunista, a sua rival faz uma distinção entre a convergência conjuntural com a outra super-potência e a possibilidade de uma convergência mais duradoura com os aliados europeus dos Estados Unidos.
GigiCatini:
O burra, não é copiar e colar, burra. Eu não estou querendo sobre isso. Eu quero o assunto que está falando, acha que copiando e colando vai ganhar melhor resposta.
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