ECONOMIA POLITICA
Mulheres recebem 24% menos do que homens no mercado de trabalho (Correio
Braziliense On-Line, 14/12/2015)
Enquanto as mulheres contribuem com 52% do trabalho global, os homens participam
com 48%. A população masculina, porém, predomina no ofício remunerado, restando às
mulheres uma fatia expressiva dos serviços não pagos - principalmente os domésticos,
onde são 83%.
Quando são pagas, as mulheres ganham 24% menos que os homens. Na América Latina,
mais da metade das empresas não tem nenhuma mulher em postos de gerência. O
relatório aponta a necessidade de políticas que busquem a igualdade salarial, "licenças
parentais que se dividam entre as mães e os pais" e transformação de normas sociais que
excluem as mulheres do mercado de trabalho.
"Promover mulheres a cargos notórios de categoria superior, que envolvam
responsabilidade e tomada de decisões nas esferas pública e privada, e fomentar a
participação dos homens em profissões em que tradicionalmente predominam as
mulheres pode contribuir para a mudança de mentalidades", sugere o documento.
Para a administradora do Pnud, Helen Clark, "isso permitiria que a sobrecarga do
trabalho não remunerado de prestação de assistência fosse partilhada de forma mais
ampla, dando às mulheres a possibilidade efetiva de optar, ou não, por integrar o mercado
de trabalho".
O Índice de Desigualdade de Gênero brasileiro é de 0,457 - pouco maior que a média
mundial, de 0,449. Esse índice leva em conta taxas como a de mortalidade materna, que
no Brasil é de 69 por 100 mil nascidos vivos (no Uruguai, por exemplo, é 14, um possível
efeito da política de legalização do aborto, implementada no fim de 2012), e a
contribuição ao mercado de trabalho - as mulheres brasileiras têm 59,4% de participação,
enquanto entre os homens esse índice é de 80,8%. Outro número considerado é o de
assentos ocupados por mulheres no parlamento: 9,6%. Na Argentina, por exemplo, são
36,8%.
O relatório aponta que os efeitos das novas tecnologias reduzem a demanda por
trabalhadores menos qualificados, beneficiando mais fortemente aqueles com alto grau de
instrução. Técnicos matemáticos, empregados da área de contabilidade, técnicos de
biblioteca, árbitros esportivos e caixas são alguns dos ofícios com mais probabilidade de,
no futuro, serem substituídos pela automatização. "Por definição, essa mudança favorece
as pessoas com maior capital humano, o que polariza as oportunidades de trabalho", diz o
documento.
A pesquisa sugere que o momento é o ideal para que as pessoas busquem adquirir
"capacidades especiais", pois elas poderiam aproveitar as tecnologias para agregar valor
ao seu trabalho. Por outro lado, "nunca houve pior momento para se ter um perfil de
trabalhador que só tem competências comuns, já que computadores, robôs e outras
tecnologias estão adquirindo essas competências com rapidez extraordinária".
Indagações:
A)Comente sobre a importância da educação para o trabalhador se inserir no mercado de trabalho globalizado.
B)A partir do texto, comente sobre a desigualdade de renda entre homens e mulheres no
mercado de trabalho e o crescimento do trabalho informal.
Soluções para a tarefa
A. É essencial que o trabalhador procure a educação, uma vez que, em um mercado altamente globalizado, com o uso de tecnologias, muitos profissionais estão sendo substituídos pelas máquinas.
Porém com a educação esses profissionais podem aliar o seu conhecimento com a tecnologia. Portanto, podem se complementar.
B. A diferença de rendas entre homens e mulheres ainda é muito grande, visto que durante anos a mulher era vista como sendo do lar, em que o mercado de trabalho era algo que pertencia somente ao gênero masculino.
Porém, atualmente as mulheres têm o direito ao trabalho, mas ainda falta uma maior igualdade, pois elas desempenham o mesmo papel dos homens, entretanto ganham menos.
O mercado informal cresce devido a pouca vaga no formal, e a partir disso, 'despertou' a alma empreendedora dos indivíduos.
Abraços!