(e veterinária?) ali chegavam através de cotas, pela chamada "lei do boi". Constatou-se, porém, que verdadeiros filhos de agricultores eram em número reduzido. Os beneficiados eram em geral filhos de pais ricos, donos de algum sítio próximo, que com esse recurso acabaram ocupando o lugar de alunos que mereciam, pelo esforço, aplicação, estudo e nota, aquela oportunidade. Muita injustiça assim se cometeu, até que os pais, entrando na Justiça, conseguiram por liminares que seus filhos recebessem o lugar que lhes era devido por direito. Finalmente a lei do boi foi para o brejo.
Nem todos os envolvidos nessa nova lei discriminatória e injusta são responsáveis por esse desmando. Os alunos beneficiados têm todo o direito de reivindicar uma possibilidade que se lhes oferece. Mas o triste é serem massa de manobra para um populismo interesseiro, vítimas de desinformação e de uma visão estreita, que os deixa em má posição. Não entram na universidade por mérito pessoal e pelo apoio da família, mas pelo que o governo, melancolicamente, considera deficiência: a raça ou a escola de onde vieram – esta, aliás, oferecida pelo próprio governo.
Lamento essa trapalhada que prejudica a todos: os que são oficialmente considerados menos capacitados, e por isso recebem o piru lito do favorecimento, e os que ficam chup ando o dedo da frustração, não importando os anos de estudo, a batalha dos pais e seu mérito pessoal. Meus pêsames, mais uma vez, à educação brasileira.
Questões
3)A ideia principal do texto lido é fundamentada por dois argumentos básicos, contrários à implementação de cotas. Quais são eles?
4) No último parágrafo, a autora conclui seu ponto de vista sobre o assunto.
a) Quem são as vítimas do sistema de cotas?
b) Para a autora, a exclusão do negro das universidades públicas deve ser tratada como uma questão étino-racial? Justifique sua resposta.
5) A conclusão ao fim do texto dada pela autora é coerente com o pensamento exposto por ela e com os argumentos que ela utilizou ao longo do texto? Justifique sua resposta.
6) Observe a linguagem do texto.
a) Que variedade linguística foi empregada, a formal ou a informal?
b) Considerando-se o tema, o veículo em que o texto foi publicado e o perfil do público leitor, pode-se dizer que a ecolha dessa variedade linguística foi adequada? Por quê?
Soluções para a tarefa
3. Os dois argumentos básicos, contrários à implementação de cotas, são:
> alunos negros com menor nota tiram as vagas de estudantes brancos com maior nota ("Alunos que se saíram bem no vestibular são rejeitados em troca de quem se saiu menos bem, mas é de origem africana ou vem de escola pública")
> as cotas reforçam a ideia de que os negros são incapazes e de que a escola pública é de má qualidade ("A ideia das cotas reforça dois conceitos nefastos: e o de que os negros são menos capazes, e por isso precisam desse empurrão, e o de que a escola pública é péssima e não tem salvação")
VOCÊ ESCOLHE SE COPIA O TRECHO EM NEGRITO OU O TRECHO ENTRE ASPAS. NÃO PRECISA COPIAR TUDO.
4. a) As vítimas do sistema de cotas são todos, tanto os negros ou advindos de escolas públicas pois são considerados menos capacitados, quanto os brancos ou advindos de escolas particulares que conseguem a aprovação no vestibular pela nota mas perdem a vaga para outro.
b) Não, porque ela acha que o que deve ser levado em conta para a entrada em universidades é o mérito pessoal, não a raça, nível social ou nível de escolaridade.
5. Sim, pois ela reforça que o sistema de cotas, criticado por ela durante todo o texto, é prejudicial não só para os brancos como também para os negros. (opinião dela, ok!)
6. a) Variedade linguística formal.
b) Sim, a escolha dessa variedade linguística foi adequada, porque é um tema sério, polêmico e de interesse de muita gente. Além disso, o texto foi publicado em um jornal de grande circulação, cuja maioria do público é formada por pessoas com um alto nível de escolaridade.
2- Escreva o que é cada um deles.
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