E se todas os planetas menos a terra com sua lua desaparecessem?
Soluções para a tarefa
A Lua é o corpo celeste mais visível do nosso céu noturno, com magnitude (escala usada em astronomia para medir o brilho de objetos) aparente de -13 em sua fase cheia. Está a "apenas" 384.400 km da Terra e "humilha" o segundo objeto mais brilhante do céu, Vênus (-5 de magnitude). Mas como seria se o nosso satélite simplesmente desaparecesse?
Uma situação do tipo seria perfeita para vermos que, mais do que um "rostinho bonito", a Lua exerce uma influência determinante sobre diversos aspectos da Terra —incluindo a vida no nosso planeta.Bem, isso é improvável. Um exemplo seria a possibilidade de um impacto com um asteroide —as crateras da superfície lunar são provas de que isso já aconteceu diversas vezes. Para que um evento do tipo tirasse a Lua de sua órbita, arremessando-a na direção da Terra ou jogando-a para longe, seria necessário que o "projétil" fosse quase do tamanho do satélite.
Considerando os maiores cometas e asteroides que passam pelas proximidades do sistema Terra-Lua, nenhum tem massa suficiente para provocar algo assim —felizmente, diga-se.
O que ocorre, na verdade, é que pouco a pouco a Lua fica mais distante da Terra. E aqui eu não estou falando da órbita elíptica levemente achatada que o satélite descreve ao redor do nosso planeta —segundo a Primeira Lei de Kepler— e que resulta na variação da distância entre os dois corpos em cerca de 50 mil km.
A cada ano, a Lua se afasta em torno de 3,8 cm da Terra. É o resultado da redução da velocidade da rotação da Terra causada pelas marés: ao se moverem contra os continentes, as massas de água "freiam" a rotação do planeta.