“[...] é preciso que te informes de tudo, não só da verdade como das opiniões humanas. A estas não deves conceder um crédito de verdade: entretanto, é preciso que tu as conheças também, de modo a que, por um questionamento que se estende sobre tudo e em tudo, qual é o juízo que deves fazer sobre a realidade dessas opiniões [...] Afasta o teu pensamento dessa via de pesquisa e não deixes que a experiência te force a seguir cega e surdamente por esse caminho. Mas é pela razão que se deve atacar o problema controverso [...] esta é a única via que te resta [...]”
PARMENIDES, De la Nature, In Jean Voilquin (org.), 1964, Les Penseurs Grecs Avant Socrate, Paris, Garnier-Flammarion, p.93.
A partir da leitura do texto pode-se concluir que o pensamento filosófico de Parmênides
A) estabelece o movimento (kinesis) como definidor de todo processo de constituição da filosofia antiga.
B) altera o formato tradicional de identidade e a coloca numa situação de constante devir.
C) separa a razão da observação (experiência), a primeira é o instrumento para ceder à verdade, enquanto que os sentidos conduziriam ao efêmero, ao limitado, ao contingente, à opinião.
D) agrega elementos platônicos e aristotélicos na definição de seu sistema filosófico.
E) conduz sua interpretação de mundo associado ao pensamento de Heráclito, seu mestre e mentor intelectual.
Soluções para a tarefa
Resposta:
C) separa a razão da observação (experiência), a primeira é o instrumento para ceder à verdade, enquanto que os sentidos conduziriam ao efêmero, ao limitado, ao contingente, à opinião.
EU RESPONDI A LETRA C NA MINHA QUESTÃO E ACERTEI ESPERO TER AJUDADO
Explicação:
Para Parmênides, deve-se fazer uma separação entre a razão e a experiência, pois cada uma conduz a diferentes tipos de encontros. Logo, a alternativa C está correta.
O princípio fundamental da filosofia de Parmênides é o da Imutabilidade e o da Permanência.
Com Parmênides de Eléia (530-460) surge na filosofia a metafísica e a ontologia: Transforma-se, pela primeira vez, a cosmologia em ontologia, ou seja: a ideia de cosmos e de seus elementos são encaradas como as ideias de ser e não-ser.
Para Parmênides, a razão conduz ao ser, enquanto a experiência conduz ao não-ser, ou seja, à mera opinião, contingente e efêmera.
Parmênides versa sobre as coisas enquanto elas são, ou seja, como ENTES. Seu método era o nous (ou mens, para os latinos), podendo ser traduzido como pensamento, mente.
Em seu poema “Sobre a Natureza”, Parmênides propõe uma arché, ou seja, um princípio cosmológico que, no seu caso, é ontológico: O ser é e o não ser não pode ser; o não ser não é e não pode ser de modo algum.
Se pensamos o ser como positivo e o não-ser como negativo, entendemos que, pela primeira vez, aparece o princípio da não contradição, pilar da lógica ocidental.
Para Parmênides, o ente é uno e imóvel, incriado e incorruptível. Não tem passado nem futuro. É “presente” eterno. É imutável e imóvel. É imperecível, cheio, sem vazios. É contínuo e todo. Seu símbolo é uma Esfera.
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