Filosofia, perguntado por euuuuu23, 4 meses atrás

É possível pensar o problema da liberdade inserido em uma concepção de destino ou determinista-fatalista?​​​​​​​

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Respondido por susana7906695
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Resposta:

o determinismo, a liberdade de escolha e o livre arbítrio são meras ilusões ... A partir dos fatos do presente, seria possível que os pensadores da época ... Cada tipo de determinismo está ligado ao presente, passado ou futuro. ... que completamente livres para escolher as maneiras de agir e pensar.

Explicação:

Respondido por moreiraep
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Resposta:

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Explicação:

Sim. Liberdade e destino não são necessariamente opostos. De início, o destino e a liberdade podem parecer totalmente antagônicos e inconciliáveis. A concepção de destino é própria da mitologia grega. Édipo esteve sempre fadado a matar o pai e casar com a mãe. Independentemente das atitudes que ele, seu pai e sua mãe tomaram para evitar o fatídico e trágico fim, este acaba se consumando.

A Ilíada, de Homero, também tem exemplos relevantes, como é o caso dos guerreiros Achiles e Heitor, que tinham pleno conhecimento de seus trágicos destinos, mas os cumpriram e os aceitaram de bom grado.

A questão é que a própria concepção de liberdade não é facilmente definível, mesmo que se retire o fator destino. O filósofo contemporâneo Byung-Chul Han afirma que a liberdade somente ocorre em breves momentos, entre mudanças e revoluções sociais, pois uma revolução acaba levando à constituição de uma nova forma de exercício de poder e, portanto, a uma nova forma de submissão.

O fato é que a submissão ou o esvaziamento da liberdade não são impostos só pela espada, mas também por diversas formas de exercício de poder sob as quais as pessoas podem agir pretendendo-se livres, mas, na realidade, submetidas a uma estrutura de relação de poder que apenas dá a falsa imagem de se ter "escolhas livres".

A liberdade também não pode ser pensada apenas a partir da categoria de vontade. O adicto, por exemplo, pode agir satisfazendo aos seus desejos, mas é possível questionar se ele é efetivamente livre ou se é apenas "escravo" de sua adicção, de sua vontade incontrolável. Assim, mesmo que seja colocado em uma situação sem o fator destino, o problema da liberdade não é facilmente explicado.

Os estoicos dão uma saída engenhosa para o problema da liberdade, mesmo que inserido em um contexto de destino. A filosofia estoica é muito mais do que um trabalho intelectual, mas uma prática de vida que objetiva a felicidade e, para isso, pretende compreender qual o sentido da vida, seus objetivos e o modo de atingi-los.

Para os estoicos, o principal objetivo da vida é a felicidade, obtida ao viver de acordo com a natureza. Segundo a concepção estoica, o destino nos é dado pela ordem dos cosmos. Por isso, todos são arrastados a ele, invariável e independentemente das vontades. Por isso, o sábio é o indivíduo capaz de aceitar o seu destino e a felicidade está relacionada à indiferença, à apatia racional em relação ao destino, pois o destino se impõe igualmente àqueles que o aceitam e aos que não o aceitam.

A liberdade está, portanto, na aceitação racional do destino, isto é, na compreensão de que tudo é regido pela Providência. Se o objetivo da vida, conforme os estoicos, é a felicidade, aceitar o destino, incluindo as fortunas e os infortúnios que ele traz, em vez de lutar contra ele, leva à felicidade, pois o destino arrasta todos. Em resumo, a felicidade somente pode ser atingida por meio da aceitação do próprio destino.

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