É possível identificar elementos de dança Afro e Indígenas atualmente?
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Danças brasileiras de matrizes africanas e indígenas: dialogando com a diversidade
Cláudia Foganholi, Programa de Pós-Graduação em Educação/Universidade Federal de São
Carlos (PPGE/UFSCar)
Resumo
As danças brasileiras são manifestações da cultura popular como o Samba de Coco e a
Ciranda que, em diferentes regiões do país, apresentam matrizes indígenas, africanas e
europeias. Com base na vivência dessas danças e no convívio com crianças com e sem
deficiências, esse encontro tem como objetivo propor um diálogo sobre os processos
educativos desencadeados por tais práticas que nos auxiliem a pensar práticas educativas
engajadas na luta pela transformação de realidades opressivas, injustas ou discriminatórias,
em busca de relações de equidade e respeito. A cosmovisão africana presente em tais danças
possibilita o reconhecimento das identidades brasileiras e a reflexão sobre maneiras de nos
educarmos para as relações, pautadas na afirmação das diferenças e valorização da
diversidade.
Palavras-chave: Danças Brasileiras; Pessoas com deficiências; Africanidades
Entre os anos de 2002 e 2010, o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (IPHAN, 2012), órgão federal brasileiro de proteção ao patrimônio, criado ao final
dos anos de 1930, considerou diversas expressões e manifestações da cultura popular como
patrimônios históricos imateriais do país, que passaram a ser foco de políticas públicas de
preservação cultura. Entre essas expressões, algumas danças consideradas pelo Instituto como
de matrizes africanas são o Samba de Roda, o Jongo do Sudeste, o Tambor de Crioula e as
Rodas de Capoeira.
Ao considerar o Maracatu, o Samba de Coco e a Ciranda como algumas das
manifestações da cultura popular brasileira de matrizes africanas, Sabino e Lody (2011)
apontam para a importância dessas danças enquanto manifestações de arte, memória, criação
e principalmente como foco de identidade brasileira.
Podemos identificar a presença das danças brasileiras, em uma variedade de
manifestações rítmicas e expressivas criadas e desenvolvidas em diferentes regiões do país,
retratando a história de cada comunidade. Assim, além da influência de elementos africanos e
indígenas expressam também, as influências dos colonizadores europeus nos versos,
instrumentos musicais e crenças que, incorporadas na cultura popular, demarcam, sobretudo
algumas das formas de resistência das culturas de matrizes africanas e indígenas contra a
dominação dos invasores portugueses e holandeses, por exemplo.
De acordo com Sabino e Lody (2011, p.32) “A dança de matriz africana é mais
do que apenas uma manifestação recreativa de um grupo cultural. Os fatos relacionados às
Explicação:
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