é possível afirmar que,por meio dos valores do IDH,podemos identificar algumas características socieconômicas de um país?explique sua resposta
Soluções para a tarefa
Respondido por
3
Os dados socioeconômicos que analisamos neste capítulo fornecem informações gerais sobre os cinco domínios fundamentais de ação da sociedade no espaço: habitar (abrigar, alojar), apropriar (possuir), explorar (produzir), trocar (comunicar) e organizar (gerir) Brunet (2001 [1990]). Como buscamos identificar os problemas da questão agrária brasileira, inicialmente apresentamos uma análise socioeconômica por meio de alguns indicadores que contextualizam a desigualdade social no território. Isso possibilitará contextualizar melhor, com as regiões de riqueza e de pobreza, as análises que realizaremos nos próximos capítulos.
De início, apresentamos o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)(12), que é a síntese de três dimensões: educação, renda e longevidade. A educação é medida pela taxa de matrículas no sistema de ensino e pela taxa de analfabetismo; a longevidade, pela esperança de vida ao nascer, e a renda, pelo PIB per capta. Dois elementos que compõem o IDH nos permitem questionar a referência de qualidade verificada pelo índice. O primeiro problema do índice é que a taxa de matrículas no sistema de ensino não indica, de forma alguma, qualidade. Prova disto é o resultado que o Brasil conseguiu em uma avaliação feita pela OCDE sobre educação em 2001 e que contou com a participação de alunos brasileiros: último lugar! O segundo problema é que o PIB per capta é uma ilusão principalmente em um país desigual como o Brasil, cujo índice de Gini para a renda era 0,609 em 2000. Contudo, apesar desses problemas, dada a abrangência do índice, utilizamos o IDH na análise, porém com ressalvas. Devido às limitações o índice, a proximidade de 1 (máximo da qualidade de vida) deve ser ponderada segundo nossas observações, de forma que a qualidade de vida indicada tende a ser sempre inferior.
Em 2000 o Brasil era o 74º colocado no ranking do IDH (IDH = 0,789), classificado entre os países com médio desenvolvimento humano (entre 0,500 e 0,800). Em 2005 o país entrou para o grupo dos países com alto desenvolvimento humano (acima de 0,800), com IDH de 0,800 e em 70º lugar no ranking geral. Em 2000 os municípios brasileiros com baixo IDH (abaixo de 0,500) eram 22 e neles residiam 232.185 habitantes. Desses 22 municípios, 21 tinham população rural superior à população urbana e faziam parte das regiões Norte e Nordeste. Os municípios com médio IDH em 2000 correspondiam a 89,46% dos municípios brasileiros. A metade desses municípios apresentava IDH inferior a 0,698 e cerca de 39% apresentavam população rural superior à população urbana. Os municípios com alto IDH eram 539 (9,7% dos municípios brasileiros) e deste total 94% apresentavam IDH entre 0,800 e 0,850. Ainda entre os municípios com alto IDH, 110 (20% dos 539) tinham população rural superior à população urbana, dos quais apenas um, Rosana - SP (com grande número de famílias assentadas) não está na região Sul. Os outros 109 municípios localizam-se no Paraná (3), Santa Catarina (45) e Rio Grande do Sul (62).
Os dados acima indicam que as piores condições de vida estão principalmente no campo, com exceção da região de campesinato de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Os mapas (prancha 5.1) do IDH em 1991, 2000 e da evolução 1991-2000 mostram que o Nordeste e a Amazônia ocidental são as regiões com IDH mais baixo e que a evolução do índice afetou positivamente o Nordeste, onde muitos municípios passaram de baixos para médios índices. Contudo, a inferioridade da qualidade de vida nessas duas regiões ainda permanece em 2000 e é ancorada principalmente pela dimensão renda, na qual apresentam índices mais baixos do que nas outras dimensões. O diferencial territorial dos mapas indica as áreas com médio/alto desenvolvimento humano, que compreende o Sul, o Sudeste (exceto o nordeste de Minas Gerais) o Centro-Oeste, Rondônia e Pará. Nordeste, Acre, Amazonas, Amapá e Roraima são caracterizados por médio/baixo desenvolvimento humano.
De início, apresentamos o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)(12), que é a síntese de três dimensões: educação, renda e longevidade. A educação é medida pela taxa de matrículas no sistema de ensino e pela taxa de analfabetismo; a longevidade, pela esperança de vida ao nascer, e a renda, pelo PIB per capta. Dois elementos que compõem o IDH nos permitem questionar a referência de qualidade verificada pelo índice. O primeiro problema do índice é que a taxa de matrículas no sistema de ensino não indica, de forma alguma, qualidade. Prova disto é o resultado que o Brasil conseguiu em uma avaliação feita pela OCDE sobre educação em 2001 e que contou com a participação de alunos brasileiros: último lugar! O segundo problema é que o PIB per capta é uma ilusão principalmente em um país desigual como o Brasil, cujo índice de Gini para a renda era 0,609 em 2000. Contudo, apesar desses problemas, dada a abrangência do índice, utilizamos o IDH na análise, porém com ressalvas. Devido às limitações o índice, a proximidade de 1 (máximo da qualidade de vida) deve ser ponderada segundo nossas observações, de forma que a qualidade de vida indicada tende a ser sempre inferior.
Em 2000 o Brasil era o 74º colocado no ranking do IDH (IDH = 0,789), classificado entre os países com médio desenvolvimento humano (entre 0,500 e 0,800). Em 2005 o país entrou para o grupo dos países com alto desenvolvimento humano (acima de 0,800), com IDH de 0,800 e em 70º lugar no ranking geral. Em 2000 os municípios brasileiros com baixo IDH (abaixo de 0,500) eram 22 e neles residiam 232.185 habitantes. Desses 22 municípios, 21 tinham população rural superior à população urbana e faziam parte das regiões Norte e Nordeste. Os municípios com médio IDH em 2000 correspondiam a 89,46% dos municípios brasileiros. A metade desses municípios apresentava IDH inferior a 0,698 e cerca de 39% apresentavam população rural superior à população urbana. Os municípios com alto IDH eram 539 (9,7% dos municípios brasileiros) e deste total 94% apresentavam IDH entre 0,800 e 0,850. Ainda entre os municípios com alto IDH, 110 (20% dos 539) tinham população rural superior à população urbana, dos quais apenas um, Rosana - SP (com grande número de famílias assentadas) não está na região Sul. Os outros 109 municípios localizam-se no Paraná (3), Santa Catarina (45) e Rio Grande do Sul (62).
Os dados acima indicam que as piores condições de vida estão principalmente no campo, com exceção da região de campesinato de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Os mapas (prancha 5.1) do IDH em 1991, 2000 e da evolução 1991-2000 mostram que o Nordeste e a Amazônia ocidental são as regiões com IDH mais baixo e que a evolução do índice afetou positivamente o Nordeste, onde muitos municípios passaram de baixos para médios índices. Contudo, a inferioridade da qualidade de vida nessas duas regiões ainda permanece em 2000 e é ancorada principalmente pela dimensão renda, na qual apresentam índices mais baixos do que nas outras dimensões. O diferencial territorial dos mapas indica as áreas com médio/alto desenvolvimento humano, que compreende o Sul, o Sudeste (exceto o nordeste de Minas Gerais) o Centro-Oeste, Rondônia e Pará. Nordeste, Acre, Amazonas, Amapá e Roraima são caracterizados por médio/baixo desenvolvimento humano.
Perguntas interessantes
Matemática,
8 meses atrás
Ed. Física,
8 meses atrás
Matemática,
1 ano atrás
Português,
1 ano atrás
Matemática,
1 ano atrás