É PARA HOJE ME AJUDEM, POR FAVOR
7- Escreva o seu entendimento sobre o livro A ERA NO TEMPO DO REI.
Soluções para a tarefa
Conforme a leitura depreendida deste livro, o jovem Leonardo, que era um dos personagens centrais da narrativa, queria apenas fazer bonito para Izabel, sua amiga desde tenra idade. No entanto acontece um imprevisto: bate o carro de seu pai, que quase tem um ataque. Como ele ainda não trabalhava, aceita a tarefa de ler livros para a avó de Izabel, dona Sofia, que é deficiente visual, a fim de pagar o conserto. Concomitantemente enquanto se desenrola o enredo, na obra que lê -Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida- encontra outro Leonardo tão aprontador como ele. E, com o contato com a literatura e com dona Sofia, passa a encarar a vida de outro modo. “E Izabel disse: - Leonardo você sabe o que eu faço no final da tarde, não é? Aquele meu trabalho com a vovó? – Você fica lá lendo, né? –isso. Só que agora estou organizando um sarau de poesia lá no colégio. E não tenho tempo para mais nada. Fico com pena de largar o trabalho de ledora porque a vovó realmente adora essas sessões de leitura e porque a grana é legal”. Daí... Estava lá o Leonardo do nosso tempo lendo para dona Sofia Memórias de um sargento de milícias, cujo herói era outro Leonardo, iniciando sua vida lá no comecinho do século XIX... [...] o menino não desmentiu aquilo que anunciara desde que nasceu: atormentava a vizinhança com um choro sempre em oitava alta [...] e era estranhão até não poder mais. Logo que pode andar e falar tornou-se um flagelo; quebrava e rasgava tudo que lhe vinha à mão. Tinha uma paixão decidida pelo chapéu armado do Leonardo; se este deixava por esquecimento em algum lugar ao seu alcance, tornava-o imediatamente, espanava com ele todos os móveis, punha-lhe dentro tudo que encontrava, esfregava-o em uma parede, e acabava por varrer com ele a casa [...] A Maria não lhe perdoava; trazia-lhe bem maltratada uma região do corpo; porém ele não se emendava, que era também teimoso, e as travessuras recomeçavam mal acabava a dor das palmadas. Assim chegou aos sete anos. [...] O processo intertextual se dá exatamente na relação do personagem da obra Memórias de um sargento de milícias, Leonardo, com o personagem do livro Era no tempo do rei, que ora se resenha; isto é, no diálogo entre os personagens de diferentes épocas. Em Memórias, encontramos historicamente a vinda da Família Real para o Brasil, no tempo em que D. João VI refugiou-se no Rio de Janeiro início do século XIX. Apresenta, ainda, a vida suburbana do Rio de Janeiro, onde os subúrbios cariocas constituem o espaço esti¬lizado, em contraste com a vida da corte, que normalmente surge em obras do Romantismo. A linguagem é basicamente popularesca, coloquial. Traz, em sua essência, traços carnavalizados, como o contraste entre as propostas de seriedade e ordem e os momentos de completa desorganização. Enquadram-se, ainda, como componentes dos referidos traços, a forte presença do humor na obra. O caricatural, o que faz rir, a ironia, misturam-se em um conjunto que retrata o ridículo de diversas situações retratadas.