“E para começar a tirar-lhe sua grande vantagem sobre nós, tomemos um caminho totalmente oposto ao comum. Tiremos-lhes a estranheza, frequentemo-la, acostumemo-nos com ela, não tenhamos nada de tão presente na cabeça como a morte: a todo o instante a representemos em nossa imaginação e em todos os aspectos. No tropeção do cavalo, na queda de uma telha, na menor picada de alfinete, repisemos subitamente: pois bem, e se fosse a própria morte?”
MONTAIGNE, Michel de. Os ensaios: uma seleção. Tradução de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 68.
Sobre o pensamento de Montaigne, a partir da obra Ensaios:
I. Entre as festas e as alegrias, devemos ter a lembrança da nossa condição de finitos.
PORQUE
II. O homem moderno se esqueceu de suas origens na busca pelo materialismo e consumismo.
A respeito das asserções, assinale a opção correta:
A.
A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa.
B.
As asserções I e II são proposições falsas.
C.
A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.
D.
As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa da I.
E.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A
Explicação:
Em seus ensaios realmente Montaige diz que entre festas e alegrias, devemos nos lembrar da morte e até cita os egípcios como exemplo, que no meio da festa levavam múmias para lembrar que somente os vivos festejam.
Montaige não fala sobre materialismo e consumismo.
Dado o fato de que Montaigne falava sobre a efemeridade da vida e sobre a morte, podemos afirmar que a opção correta é a letra A.
Montaigne e a obra Ensaios
Montaigne foi um filósofo influenciado por diversos outros pensadores, onde ele tomava para si ideias de outrem e as adaptava aos seus pensamentos filosóficos. As suas ideias eram voltadas para o estudo do ''EU'' sem um viés teológico ou espiritual, mas sim como um princípio filosófico onde cada pessoa deveria centralizar suas reflexões sobre sua própria vida, pois a verdade é que um dia todos nós morreríamos. Visto que temos uma vida finita e a morte nos espera no fim de tudo.
Em sua obra ''ensaios'' ele não fala sobre materialismo e consumismo, mas sim sobre a morte e que devemos celebrar a vida em vida. Pois após a morte nada mais vai nos restar para celebrar.
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