É para abrir mesmo, e quem quiser que eu não abra, eu prendo e arrebento. João Batista Figueiredo, 1979. No discurso de João Figueiredo (1979-85), Presidente do Brasil nos anos finais da Ditadura Militar, podemos perceber a) a contradição entre uma postura democrática pró-abertura e um comportamento ditatorial no sentido de enfatizar a repressão a eventuais opositores. b) a complementaridade legítima na sustentação da ideia de que, para a promoção da abertura, faz-se necessário o uso da violência irrestrita contra eventuais opositores. c) o reconhecimento, por parte das lideranças das Forças Armadas brasileiras, de que a abertura era necessária e, para tal, a tortura e as perseguições políticas que marcaram a Ditadura deveriam ser evitadas. d) uma relação coerente de causa e consequência, tendo em vista que o uso da violência se deve ao fato de o processo de abertura ter sido desdobrado exclusivamente pelos militares.
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Letra a.
Nota-se que o discurso de Figueiredo, já no fim do período da ditadura militar no Brasil foi marcado por um discurso voltado para a abertura democrática. Esse buscava a presença de uma democracia que fosse restabelecida de forma lenta e gradual.
Entretanto, a ideia de democracia ficou dotada de contradições quando um discurso altamente violento além de repressor foi empregado como justificativa para tal ação.
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