é correto afirmar que, logo nos primeiros contatos com os navegantes portugueses durante o século XV, o reino do Congo caiu??????
URGENTE!!!!
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Resposta:Ainda no século XV o Congo é atingido pelo expansionismo português, que a essa altura tinha o comércio como ponto primaz de sua lógica gerencial. Os contatos estabelecidos entre portugueses e congoleses se mostrou fecundo a ambos os lados, diferente das experiências lusas nas demais localidades da África ocidental.
No século XVI o Congo atuou de forma maciça no comércio Atlântico, desempenhava papel fundamental nas redes escravagistas em formação, M'zamba Congo, cidade sede do Mani, era o principal estuário de cativos, as margens do rio Congo a cidade possuía uma localização segura e confortável ao comércio. Mesmo atingido pelas pressões crescentes do tráfico, o Congo ainda mantinha sua organização política e econômica semelhantes aos antecedentes do contato externo, no entanto já se encontrava cristianizado, experiência única na África centro-ocidental, no qual em boa parte o cristianismo não se difundiu com força estatal como no reino do Congo (BIRMINGHAM, 1992, p. 56).
Assim que laços diplomáticos foram estabelecidos entre Portugal e o Congo, darse-ia-se inicio a um transito atlântico não só comercial, mas cultural e político, com membros da chamada nobreza congolesa se deslocando para Portugal com fins políticos e educacionais. Comitivas lusas de pregação da fé católica e de influencias políticas e intelectuais desembarcavam no Congo com o intuito de aprofundar os laços entre os dois reinos, pois pelo menos em teoria havia o reconhecimento mútuo de autoridades reais (THORNTON, 2004).
Com o prolongar dos contatos comerciais e políticos, surgem contatos culturais e biológicos. Emerge assim no Congo um grupo de afro-europeus com interesses próprios, em detrimento dos estados luso e congolês. Os afro-europeus eram peça chave nas relações comerciais na zona atlântica, pois este grupo era em boa parte responsável pela busca de cativos nas feiras do interior africano. Juntos dos nativos que buscavam cativos – pumbeiros – os afro-europeus dominavam a circulação de cativos dentro do congo, enquanto Portugal detinha um monopólio do tráfico no Atlântico no século XVI (BIRMINGHAM, 1992, p.59-62).
Além do comércio de cativos, a conversão do reino do Congo foi uma profunda marca histórica, sendo até mesmo impensável para a época. A igreja católica portuguesa instalada no Congo logo adquiriria características locais e se tornaria em uma religião eclética e a serviço do estado congolês e do Mani (SOUZA & VAINFAS, 1998), além da introdução de culturais agrícolas como o milho e a mandioca, que em pouco tempo se tornaram alimentos básicos no Congo (BIRMINGHAM, 1992, 56).