É comum que numa conversa sobre política se chegue, rapidamente, à conclusão de que ela nada tem a
ver com a ética, em outras palavras, que o poder político e suas realizações não se conduzem por princípios e
valores voltados aos interesses coletivos, mas sim, por interesses utilitários de ordem individual ou corporativa,
do tipo: “Mas...o que eu ganho votando em fulano?”, ou “Votem em mim e eu lhes darei privilégios...”.
Essa é a percepção que o senso comum da sociedade tem da política, e seria profundamente ingênuo
afirmar que a política não passa por esses descaminhos. No entanto, não é menos ingênuo e preocupante o fato
de aceitarmos tão rapidamente essa perspectiva exclusivamente negativa da política como algo óbvio, natural e
inelutável.
Em geral, as conversas sobre política enveredam por caminhos que podem parecer interessantes, mas
que no fundo são pouco produtivos e frustrantes. Isso se dá porque, estimulados pelos acontecimentos e pelas
notícias da imprensa, fazemos questionamentos e afirmações sobre a honestidade ou desonestidade dos
políticos; sobre seus salários; negociações supostamente ilícitas; sobre os partidos; tendências; alianças
questionáveis; sobre quem será candidato; sobre um projeto que está tramitando e suas possíveis consequências.
Quase sempre estamos reproduzindo, diga-se de passagem, com poucos ou insuficientes dados e
questionamentos, informações veiculadas pelos jornais, pelas rádios ou telejornais, e mesmo aquelas que
circulam pela internet.
Em O que é Política?, a pensadora Hannah Arendt1
escreve sobre a necessidade de avaliar os
preconceitos que todos nós temos contra a política, decorrentes, em grande medida, do fato de estarmos
alienados da vida política e de não sermos políticos profissionais. Arendt estabelece duas categorias de
preconceitos contra a política: no âmbito internacional – o medo de um governo mundial totalitário e violento;
no âmbito local ou interno – a política é reduzida a interesses mesquinhos, particularistas e à corrupção.
Resta saber então: Que tipo de política temos? Que tipo de política queremos? Que política podemos
construir?
Filosofia / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006 (p. 152).
perguntas:
1. O texto “Paradoxos da Política” escrito pela professora e filósofa brasileira Marilena Chaui, apresenta
algumas razões que explicam a visão negativa que temos da política, no seu sentido comum. Por outro lado, a
autora adota uma percepção da política como algo paradoxal. Segundo Chaui, por que a política seria
paradoxal?
2. Em sua opinião, a política pode superar a sua imagem negativa de poder, de opressão e corrupção e ser
concebida como uma possibilidade de construção de um mundo melhor?
Soluções para a tarefa
Resposta:
sim ,na minha humilde opinião com certeza, pois se ñ for nessa geração que vivo eu tentar mudar a política o que vai pensar meus netos futuramente, ou seja
Explicação:
se eu não lutar por um futuro melhor para meus filhos e netos, e acreditar que se hoje existem pessoas bem informadas em relação a política, que ñ pensa só em si mesma e 0que0 tem uma mente brilhante para o pais tanto na saúde, economia, educação, segurança, etc
1. Para Chauí, a política é paradoxal: na forma de entendimento. Política é o governo na figura do Estado, administrado por um pequeno grupo de políticos, que representam os interesses da sociedade civil. Entretanto vemos que muitas vezes estes especialistas se distanciam dos interesses coletivos, operando por interesses particulares, amparados pela lei.
2. Sim. Devemos buscar informações além da mídia que veicula informações, muitas vezes por interesses próprios, privilegiando os desvios de condutas: escândalos de corrupção, fraudes, crimes, etc.. É preciso também que as leis tenham uma linguagem que torne mais fácil o entendimento para pessoas.
A ética na política
Política é a maneira de administrar os interesses coletivos. Desde a Grécia Antiga, o entendimento de política sempre esteve articulado com bem-estar coletivo e hoje não é diferente.
É necessário desvincular a ideia do que é política dos políticos desonestos que tendem a atos distantes da ética. A política é a maneira de buscarmos soluções, deixando de perpetuar erros e buscando acertos.
Aprenda mais sobre A ética na política em: brainly.com.br/tarefa/187249
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