É com boa razão, diz Sancho ao cavaleiro narigudo, que pretendo julgar de vinhos: esta é uma qualidade hereditária em nossa família. Dois de meus parentes foram certa vez chamados a opinar sobre um barril de vinho supostamente excelente, pois era antigo e de boa safra. Um deles o saboreia, considera e, após madura reflexão, declara que o vinho é bom, não fosse
por um ressaibo de couro que percebera nele. O outro, depois de usar as mesmas precauções, também dá veredicto favorável ao vinho, com a ressalva de um gosto de ferro que facilmente distinguira ali. Não pode imaginar o quanto ambos foram ridicularizados por seus juízos. Mas quem riu por último? Esvaziado o barril, encontrou-se no fundo dele uma velha chave de ferro presa a uma correia de couro.” (HUME, Do padrão do gosto)Assinale a alternativa que mais se aproxima da ideia exposta no texto acima.
A-Segundo Hume, a beleza é uma característica difícil de perceber e por isso é necessário construir um método preciso;
B-Segundo Hume, o paladar é o mais impreciso dos sentidos e por isso houve a diferença no julgamento narrado na história de Dom Quixote;
C-Para Hume, a construção do padrão do gosto depende de entender que a beleza é uma característica das coisas mesmas;
D-Para Hume, a construção do padrão do gosto depende de entender que a beleza é uma característica subjetiva e não das coisas mesmas
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Resposta:
D)
Para Hume, a construção do padrão do gosto depende de entender que a beleza é uma característica subjetiva e não das coisas mesmas
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