E certo dizer que a seca e um fenômeno que ocorre em todo ano no nordeste?
Por que?
Soluções para a tarefa
Primeiramente, é importante esclarecer que não é toda a região Nordeste que sofre com os problemas climáticos relacionados à falta d’água, mas sim a região denominada de Polígono das Secas (veja o mapa abaixo). Além disso, entidades públicas e privadas, de certo modo, “exageram” em relação ao tamanho da área com excesso de aridez, a fim de ampliar a arrecadação através de verbas públicas. Há, portanto, muitas informações imprecisas disponíveis sobre as reais condições físicas e geográficas da seca do Nordeste, conforme já alertara Aziz Ab’Sáber¹.
O polígono das secas abrange parte do Nordeste e o norte de Minas Gerais
O polígono das secas abrange parte do Nordeste e o norte de Minas Gerais
Sobre as causas da seca na região, existem alguns motivos principais: em primeiro lugar, o relevo interplanáltico (isto é, depressões localizadas entre planaltos) desfavorece a circulação de massas de ar úmidas, ocasionando a falta de chuvas. Além disso, trata-se de uma região de latitudes equatoriais, com maior incidência de raios solares e, portanto, com maiores temperaturas. Soma-se a isso o fato de a região – ao contrário da Amazônica, por exemplo – não apresentar uma grande quantidade de rios caudalosos que favoreceriam a evaporação com a consequente precipitação em nível local. Na verdade, a maior parte dos rios é intermitente ou sazonal, ou seja, eles secam em determinados períodos. A grande exceção, nesse caso, é o Rio São Francisco, principal recurso hídrico da região.
Apesar da posição geográfica equatorial, o clima da região é marcado por ser do tipo tropical, com duas estações bem definidas: um inverno seco e outra moderadamente chuvosa. Essa última é eventualmente interrompida ou intensificada em função de fenômenos climáticos, como o El Niño, que provoca os longos períodos de estiagem, e o La Niña, que ocasiona períodos de chuvas e até alagamentos de algumas cidades.