É bom que se diga que a resistência dos povos em defender seus territórios, suas culturas e sua visão do mundo, não se mede pelo sucesso qualitativo ou quantitativo obtido. Ela se mede, apesar dos momentos de derrotas e glórias, pelo simples fato de defender a dignidade e a liberdade humana quando estas são ameaçadas como aconteceu, por exemplo, durante a escravidão, a colonização e como acontece hoje no mundo contemporâneo caracterizado pelas injustiças sociais, pelos preconceitos e discriminações de diversas naturezas. (CARVALHO, 2014, p. 303). O enunciado nos convida a refletir o contexto histórico do período colonial, em especial o papel dos povos indígenas e africanos. Nesse sentido, ao pensar no passado e presente, qual sua compreensão de resistência à colonização empreendida pelos povos indígenas e afrodescendentes?
Soluções para a tarefa
Mesmo com a forte opressão, que foi característica do período colonial nas Américas, as populações indígenas, nativas, e afrodescendentes, que foram trazidas de diversos territórios africanos, conseguiram estabelecer uma resistência à dominação europeia.
Essa resistência se deu através das fugas, para formação de quilombos, ou pela manutenção de sua cultura tradicional, língua e religiosidade. Além disso, a posterior inserção na sociedade e manutenção de práticas ancestrais também são uma forma de resistência.
A resistência dos nativos brasileiros foi a primeira enfrentada pelos invasores portugueses quando chegaram na América. Já a resistência dos africanos e afro-brasileiros escravizados foi iniciada com a chegada dos primeiros navios negreiros ao Brasil.
Os povos indígenas enfrentaram os portugueses em batalhas que resultavam na morte de muitos dos nativos e alguns dos invasores, que ao serem mortos eram usados nos rituais de antropofagia.
Buscando evitar que fossem exterminados, alguns povos aceitaram a interferência católica, passando a servirem aos jesuítas.
A resistência dos negros escravizados no Brasil se mostrou nas fugas que deram origens a quilombos, onde era preservada a cultura desses povos. Além disso, muitos movimentos revoltosos na história brasileira foram motivados por revolta contra práticas racistas.
Um exemplo foia Revolta da Chibata, provocada pela revolta de marinheiros negros com os castigos físicos praticados de forma brutal por oficiais brancos.
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