Durante seu governo populista, Getulio Vargas tomou uma medida que desagradou tanto aos Estados Unidos quantos as forças políticas internas, representadas no partido UDN. Que medida foi essa ?
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Governos Populistas
Populismo é uma forma de governar em que o governante utiliza de vários recursos para obter apoio popular. O populista utiliza uma linguagem simples e popular, usa e abusa da propaganda pessoal, afirma não ser igual aos outros políticos, toma medidas autoritárias, não respeita os partidos políticos e instituições democráticas, diz que é capaz de resolver todos os problemas e possui um comportamento bem carismático. É muito comum encontrarmos governos populistas em países com grandes diferenças sociais e presença de pobreza e miséria
O governo Dutra (1946-1950)
A Assembleia Nacional Constituinte promulga nova Constituição em 1946. Foi instituída a República presidencialista; Voto direto e universal. Três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. Mandato presidencial: 5 anos; senadores: 3 por Estado (mandato de 8 anos); deputados: proporcionais ao número de eleitores (mandato de 4 anos). Manteve-se um Executivo forte e o corporativismo sindical.
No governo Dutra ocorreu o crescimento da dívida externa, devido à entrada do capital estrangeiro no País, principalmente o norte-americano, e de empresas estrangeiras, que passaram a concorrer com a produção nacional. A partir de 1947, as importações passaram a ser controladas, permitindo-se apenas a entrada de produtos essenciais. Com o chamado Plano Salte. o governo passou a aplicar recursos em saúde, alimentação, transporte e energia.
Na política externa ocorreu a aproximação com os Estados Unidos, alinhando-se o Brasil com o bloco capitalista, e rompimento de relações diplomáticas com a União Soviética. Como reflexo da guerra fria (conflito entre Estados Unidos, bloco capitalista, e União Soviética, bloco socialista), o PCB foi fechado e cassado o mandato de seus parlamentares (1947).
Getúlio: outra vez no poder (1950-1954)
Apesar de sua deposição, Getúlio Vargas continuou tendo um grande prestígio. O apoio a Vargas era dado por setores nacionalistas das Forças Armadas, facções oligárquicas estaduais representadas no PSD, nova camada de tecnocratas do governo e massas urbanas. Em 1950, Getúlio Vargas foi eleito para a presidência da República, derrotando os candidatos da UDN (Eduardo Gomes) e do PSD (Cristiano Machado). Em 1953: criação da Petrobrás (monopólio da extração e da refinação do petróleo no Brasil). Essa medida gerou uma forte oposição ao seu governo, tanto por parte dos Estados Unidos quanto da UDN, cujo porta-voz era o jornalista Carlos Lacerda.
Em 5 de agosto de 1954, ocorre no Rio de Janeiro um atentado contra Lacerda, no qual foi morto um dos seus acompanhantes, o major Rubens Florentino Vaz, sendo acusado do crime Gregório Fortunato, elemento da guarda pessoal de Vargas. Após o crime da Rua Toneleiros, a situação tornou-se insustentável para Vargas. Em 24 de agosto de 1954, o presidente suicidou-se.
Com a morte de Getúlio. assumiu o poder o vice-presidente, João Café Filho. Durante seu mandato, realizaram-se as eleições para o novo período presidencial, saindo vitorioso o candidato do PSD, Juscelino Kubitschek de Oliveira. Em novembro, Café Filho afastou-se do governo por motivos de saúde, assumindo, então, o presidente da Câmara dos Deputados, Carlos Luz. Devido à derrota nas eleições presidenciais, alguns políticos udenistas passaram a advogar um golpe de Estado que impedisse a posse do candidato eleito. O ministro da Guerra, Henrique Teixeira Lott, defendeu a ordem constitucional e depôs Carlos Luz do cargo de presidente do Senado. Em seu lugar assumiu Nereu Ramos, que permaneceu no poder até a posse de Juscelino. em 31 de janeiro de 1956.
A política desenvolvimentista nos anos JK (1956-1961) - Para governar Juscelino Kubitscheck lançou um Plano de Metas, baseado em investimentos em energia, transporte, alimentação, indústria de base e educação, entrada de capital estrangeiro, importação de tecnologia, empréstimos no exterior.
Grupos econômicos norte-americanos, europeus e japoneses instalaram indústrias no Brasil. As multinacionais aproveitavam a mão de obra abundante e a matéria-prima disponível enviando os lucros para o país de origem. Foram construídas a rodovia Belém-Brasília e as hidrelétricas de Furnas e de Três Marias, e criou-se a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). Para financiar estes projetos houve grande emissão monetária, o que levou a altas taxas inflacionárias.
Em seu governo, JK adotou um programa desenvolvimentista ("50 anos em 5"), inflacionário e rompeu com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Com isso a produção industrial cresceu cerca de 80%, destacando-se a indústria automobilística na região do ABC, no Estado de São Paulo.
A industrialização ocasionou a migração em massa para o Sudeste e Centro-Oeste do país. Com isso ocorre o aumento da pobreza e da exclusão social, com novos desequilíbrios sociais se configurando. A transferência da capital federal para Brasília, foi a principal meta do governo JK, sua inauguração oficial foi em 21 de abril de 1960.
Resposta: criação da Petrobrás