História, perguntado por anamoraespereira, 1 ano atrás

Durante o governo de D. Pedro II, o exercito ocupou uma posição marginal na politica brasileira. Isso se deve a quais fatos?

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Respondido por Felipeaug265
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Desde o período colonial, muitos grupos sociais defendiam a implantação de uma república. Mas apenas no século XIX, com a expansão da lavoura cafeeira e a formação de uma rica camada de fazendeiros no Sudeste, o projeto republicano ganhou força.    Os cafeicultores do Oeste Paulista, principalmente, passaram a defender uma nova organização política para o Brasil, que assegurasse mais poder para as províncias e, na prática um controle maior dessa camada social sobre as instituições do Estado. A defesa de um poder maior para as províncias era o ponto central do programa do Partido Republicano Paulista (PRP), fundado em 1873 e formado basicamente por representantes dos cafeicultores de São paulo.   Nos setores urbanos, a república tinha o apoio de profissionais liberais e das alas mais jovens do Exército, que combatiam a extrema centralização do regime monárquico.   Havia grande divergências entre os republicanos. O grupo dominante, liderado pelo jornalista Quintino Bocaiuva, pregava que a passagem da monarquia para a república deveria acontecer sem agitações sociais, que poderiam ameaçar a ordem estabelecida. Outros, como o advogado Silva Jardim, criticava as propostas conservadoras da maioria dos republicanos e defendiam uma ampla mobilização popular para derrubar a monarquia. A questão militar     Durante o governo de D. Pedro II, o Exército ocupou uma posição marginal na politica brasileira. Os baixos soldos, a rígida disciplina da corporação e a lentidão nas promoções desencorajavam os filhos das elites a seguir a carreira militar.    Após a Guerra do Paraguai, o Exército saiu  fortalecido como corporação. Vitoriosos no conflito, muitos oficiais queriam desempenhar um papel central na vida política, além do de defensor das instituições da soberania nacional, atribuições impostas pela Constituição.   Na década de 1880, houve uma série de atritos entre o governo e oficiais do Exército motivada pelo envolvimento dos militares em questões da política nacional. Os constantes enfrentamentos desgastaram a relação entre o Exército e o governo e enfraqueceram a monarquia. A cada dia ficava mais evidente o projeto dos militares de assumir um novo papel na cena brasileira.
 A crise entre o governo e s militares se agravou em 1889. Reuniões conspirativas de oficiais militares com republicanos civis passaram a acontecer com frequência. Os lideres desse movimento, o militar Benjamin Constant e os civis Aristides Lobo, Quintino Bocaiuva e Lopes Trovão, habilmente encontraram a saída para acelerar a queda da monarquia. O plano era convencer o marechal Deodoro da Fonseca, amigo pessoal do imperador e uma figura respeitada no Exército, a chefiar o movimento pela queda do governo.   Na manhã do dia 15 de novembro de 1889, Deodoro da Fonseca marchou com as tropas para o Ministério da Guerra, onde se encontrava o primeiro-ministro do governo de D. Pedro II, o Visconde de Ouro Preto. Sob pressão dos militares, o governo monárquico renunciou. O dia 15 de novembro, então, resultou de uma ação quase isolada do Exército, apoiada por um pequeno grupo de republicanos civis.     A República da Espada   O papel cumprido pelo Exército na proclamação da república assegurou aos militares a chefia do novo governo. Essa faze da república brasileira é conhecida como República da Espada.   As negociações diplomáticas do brasil sob o novo regime ficaram a cargo do Barão do Rio Branco, que assumiu o Ministério das Relações Exteriores. duas ações da diplomacia brasileira tiveram destaques no período: a definição das fronteiras com países da América do Sul e a assinatura do Tratado de Petrópolis, em 1903, por meio do qual o brasil incorporou o território do Acre mediante o pagamento de uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas à Bolívia.    Outro importante acontecimento desse período foi a convocação de uma Assembléia Constituinte, composta em sua maioria por representantes dos senhores de terra e militares.     
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