ENEM, perguntado por keillamorim, 6 meses atrás

Durante anos, Manoel de Oliveira, pois, como era costume, veio a usar sobrenome do senhor, fez ele isso, ao Sol e à chuva, juntando nas mãos do senhor os seus lucros diários. Quando chegou a certa quantia estipulada, o Oliveira, dono da horta, deu-lhe a sua carta de alforria. Não sabia da companhia do seu antigo senhor e com ele continuava a trabalhar, mediante salário. Habituado a economizar, continuava a fazê-lo, mas não sem que, de quando em quando, comprasse o seu “gasparinho”. Um belo dia, a sorte bafejou-o, e a loteria deu-lhe um conto de réis, que ele guardou nas mãos do patrão. BARRETO, L. Manoel de Oliveira. In: SCHWARCZ, L. M. (Org.). Contos completos de Lima Barreto. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. O texto é um trecho do conto Manoel de Oliveira, de Lima Barreto, publicado em 1923, período pós-abolição da escravatura. Nesse contexto, fica explícito que o narrador A apresenta revolta diante de vínculos empregatícios não registrados e regularizados. B revela a preservação de laços de dependência entre patrões e escravizados após a abolição. C denuncia práticas desonestas, como jogos de azar, presentes em fazendas no início do século XX. D busca salientar a relação favorável entre patrão e empregados surgida após a libertação dos negros. E descreve o processo instantâneo de emancipação dos negros após mudanças na política nacional da época.

Soluções para a tarefa

Respondido por jaquersantana
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Resposta:

Letra B)

Explicação:

No trecho do texto apresentado, de autoria de Lima Barreto, demonstra-se exatamente a preservação dos laços de dependência, mesmo após a abolição da escravidão, - veja que se fala em remuneração pelo trabalho prestado -, entre os senhores/patrões e aqueles que foram escravizados - o que se denota, dentre outros elementos, pela persistência do uso do sobrenome.

Assim, aplica-se à interpretação do texto o que afirma a letra b.

Espero ter ajudado, bons estudos!

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