"Durante a explosão de casos de microcefalia como consequência de infecção pelo vírus zika, entre 2015 e 2016, ficou evidente que as regiões com o maior número de notificações — um total de 18.282 casos — eram também aquelas com as condições de vida mais precárias. [...] Uma análise de dados do Ministério da Saúde revelou que havia uma relação significativa entre casos de microcefalia registrados entre 2015 e 2018 e as regiões geográficas com desnutrição, identificadas a partir de dados de internação hospitalar. O grupo entrevistou ainda 83 mulheres afetadas no Ceará e avaliou que 37% delas consumiram menos proteínas do que se considera adequado durante a gravidez, 61 gramas por dia. [...] Os prováveis efeitos da subnutrição proteica ajudam a explicar por que, dentro da população total afetada pelo vírus, a fração de bebês que desenvolveu a microcefalia divergiu drasticamente em diferentes regiões e cidades. Também explicam, em parte, a assimetria geográfica da incidência de casos no Brasil, já que 75% deles ocorreram no Nordeste.” (BARBEITO-ANDRÉS, J. et al. Congenital Zika syndrome is associated with maternal protein malnutrition. Science Advances. 10 jan 2020.)
Você foi contratado pelo Ministério da Saúde para desenvolver um projeto que visa diminuir a contaminação da população por Zika vírus e também diminuir a incidência da Síndrome Congênita do vírus da Zika (SCZ) em crianças que nascem de mulheres que já se infectaram com o vírus. Resuma as principais ações do seu projeto (pense desde evitar a contaminação até o tratamento de possíveis pessoas já infectadas).
Soluções para a tarefa
Resposta:
O transmissor (vetor) do Zika vírus é o mosquito Aedes aegypti, que precisa de água parada para proliferar, portanto, o período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região, épocas quentes e úmidas. No entanto, o cuidado com a higene e a conscietização de não deixar água parada em nenhum dia do ano são fundamentais, tendo em vista que os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano até encontrar as condições propícias para desenvolvimento. Eliminando água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas pláticas, piscinas sem uso e manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas e pratos de plantas.
Deve-se reduzir o número de mosquitos por meio da eliminação de criadouros, sempre que possível, ou manter os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com telas/capas, impedindo o acesso das fêmeas grávidas do mosquito Aedes Aegypti. De forma complementar, deve ser realizada a proteção individual com uso de repelentes pela população. Deve-se ressaltar a importância da atuação ativa de toda a população para se evitar possíveis criadouros em suas residências, escolas e ambientes de trabalho, somando esforços com as atividades de rotinas dos programas municipais e estaduais.
Resposta:É necessário um meio de divulgação para as causas que o vírus e a síndrome trazem para a população, através de propagandas, panfletos nos municípios, o auxílio dos(as) agentes de saúde, para analisar se há acúmulo de água, troca dela, uso de repelente, todos os meios adequados de prevenção devem ser exigidos. Sendo assim, a única maneira de prevenção, parte do princípio dos cidadãos, dentro de suas moradias. Como não há tratamento específico, é necessário aliviar os sintomas que ele causa, por meio de medicamentos, entretanto, seria mais eficaz se houvesse uma vacina.