duas estratégias usadas pela Prússia para alcançar a Unificação Alemã.
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Resposta:
A partir da segunda metade do século XIX, o território que hoje corresponde à Alemanha passou por um processo de unificação territorial, o que garantiu o surgimento do Império Alemão sob a liderança da Casa de Hohenzollern. A Prússia liderou esse processo por meio das ações tomadas por Otto von Bismarck como primeiro-ministro prussiano. A unificação alemã também foi responsável pela alteração da balança de poder na Europa no final do século XIX.
Antecedentes
Na segunda metade do século XIX, a região correspondente à Alemanha era formada por uma série de pequenos reinos e ducados que possuíam uma mesma raiz cultural, mas que não eram politicamente unificados. As duas forças hegemônicas existentes nessa região, então conhecida como Confederação Germânica, eram a Prússia, liderada pela dinastia dos Hohenzollern, e o Império Austro-húngaro.
Desde o começo do século XIX, já havia ideais nacionalistas que defendiam a unificação dessa região. Esses ideais ganharam força a partir das revoluções liberais de 1848, as quais, no caso da Alemanha, levaram a uma série de movimentos de unificação, sob ideais democráticos e liberais, mas que, no entanto, fracassou em obter a união desse território em um Estado-nação.
Apesar disso, as revoluções de 1848 contribuíram para o fortalecimento do nacionalismo e da busca pela formação de um Estado-nação a partir de uma unificação territorial. Esse processo foi encabeçado pela Prússia, região mais desenvolvida nessa época, que via nele uma forma de garantir seu desenvolvimento econômico. Os prussianos defendiam ainda que, nessa ação, deveria haver a exclusão de qualquer influência da Áustria.
Economicamente, a Prússia já buscava garantir seus interesses em relação aos outros reinos germânicos por meio de uma união aduaneira, conhecida como Zollverein. Esse acordo econômico possibilitou o livre comércio entre os estados germânicos da Confederação Germânica e excluía a participação da Áustria, rival da Prússia.
O projeto de unificação da Alemanha ganhou força a partir de 1857, quando Guilherme I assumiu o trono prussiano depois do afastamento do rei, Frederico Guilherme IV, em razão de uma doença cerebral. Ao assumir o trono, Guilherme I, juntamente de Albrecht von Roon, nomeado Ministro da Guerra, iniciou um projeto de modernização do exército que foi extremamente importante para as guerras travadas posteriormente.
Outros nomes importantes a assumir cargos de responsabilidade naquele momento, e que foram fundamentais para a unificação alemã, foram Helmuth von Moltke, como Chefe do Estado-Maior, e Otto von Bismarck, nomeado primeiro-ministro em 1862 e hábil político que conseguiu coordenar as guerras travadas pelos prussianos sem que houvesse interferências estrangeiras.
A ação do governo prussiano, encabeçado por Guilherme I e Otto von Bismarck, fez com que a Prússia travasse três guerras em um período de sete anos. As vitórias prussianas nesses conflitos promoveram a unificação da região e o surgimento do Império Alemão. Essas três guerras foram:
Guerra dos Ducados (1864);
Guerra Austro-Prussiana (1866);
Guerra Franco-Prussiana (1870-1871).
Ao final desse processo, o mapa europeu passou por uma série de transformações, com a qual a unificação alemã redefiniu a balança de poder existente na Europa, marcou as decadências da Áustria e da França na posição de potências e, ao mesmo tempo, afirmou o surgimento da Alemanha como potência econômica e militar. As consequências dessas mudanças produziram o primeiro conflito do século XX: a Primeira Guerra Mundial.
Guerras de unificação
O projeto de unificação da Alemanha iniciou-se com as ambições prussianas em relação aos ducados dinamarqueses de Holstein e Schleswig. A guerra da Prússia contra os dinamarqueses ficou conhecida como Guerra dos Ducados e teve início quando a Dinamarca quebrou um acordo realizado com a Prússia e a Áustria em 1852, em Londres.
Explicação: