Duas Almas
Ó tu, que vens de longe, ó tu, que vens cansada,
entra, e sob este teto encontrarás carinho:
eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho,
vives sozinha sempre, e nunca foste amada...
A neve anda a branquear, lividamente, a estrada,
e a minha alcova tem a tepidez de um ninho.
Entra, ao menos até que as curvas do caminho
se banhem no esplendor nascente da alvorada.
E amanhã, quando a luz do sol dourar, radiosa,
essa estrada sem fim, deserta, imensa e nua,
podes partir de novo, ó nômade formosa!
Já não serei tão só, nem irás tão sozinha.
Há de ficar comigo uma saudade tua...
Hás de levar contigo uma saudade minha...( A o que você entendeu do texto?)
Soluções para a tarefa
Explicação:
O poema no geral narra um homem sozinho convidando uma mulher sozinha (podemos entender que ambos são solteiros) a passar uma noite com ele.
" entra, e sob este teto encontrarás carinho:
eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho,
vives sozinha sempre, e nunca foste amada..."
(nesse trecho o eu lírico convida sua amada para ir até a casa dele e para convence-la diz que com ele terá companhia e carinho)
"A neve anda a branquear, lividamente, a estrada,
e a minha alcova tem a tepidez de um ninho."
alcova - quarto de dormir, refúgio
tepidez - morno, quente
(nesse trecho, o eu lírico alega que está nevando, está frio, mas sua cama é quente e confortável, como um ninho)
"Entra, ao menos até que as curvas do caminho
se banhem no esplendor nascente da alvorada.
E amanhã, quando a luz do sol dourar, radiosa,
essa estrada sem fim, deserta, imensa e nua,
podes partir de novo, ó nômade formosa! "
alvorada - nascer do dia, ainda final de madrugada.
(Aqui, o eu lírico pede para a amada que fique pelo menos até o amanhecer e que de manhã ela pode ir embora)
Mais ou menos isso que tirei do texto, espero que entenda um cadinho :)