Douglas Adams, genial autor do Guia do Mochileiro das Galáxias,
criou um provérbio sobre mudanças cuja tradução livre é assim:
“Tudo o que já existia no mundo antes de nascermos é
absolutamente normal; tudo o que surge enquanto somos jovens é
uma oportunidade e, com sorte, pode até ser uma carreira a
seguir; mas o que aparece depois dos 30 é anormal, o fim do
mundo como conhecemos... até que tenha estado aí por uma
década, quando começa a parecer normal”. Pois é. Com exceções
que justificam a regra, somos conservadores. Só que o mundo
muda o tempo todo e, desde sempre, cada vez mais rápido.
Pense na internet. Parecia, no começo, máquinas a serviço da
ciência e dos negócios, onde nós, usuários, fazíamos coisas
sérias, como transações bancárias. Mas era muito mais. A rede
tornou possível o relacionamento direto entre pessoas, com o lado
de cá (nós) participando da construção dos instrumentos que
usamos para, principalmente, interagir com outros humanos.
E há quem nasceu “na” internet. Pesquisa da Nielsen diz que as
crianças (2 a 11 anos de idade) estão na rede em peso. Enquanto
o número total de usuários cresceu 10% entre 2004 e 2009, o de
crianças subiu 19%. E o número de horas na rede, entre a
garotada, cresceu 63% no período, de 7 horas por mês em 2004
para mais de 11 horas em 2009, contra um aumento do número de
horas online, como um todo, de 36%.
E isso quer dizer o quê? Primeiro, que as crianças estão usando a
“rede” como parte essencial de suas redes, como extensão da
escola, conexão com familiares distantes, diversão, e por aí vai.
Segundo, quem nasce em rede vive em rede; é como aprender a
ler: tirante raros casos, ninguém desaprende. No futuro, todo
mundo estará em rede, em todo lugar, o tempo todo, para todas as
coisas. Menos uma ou duas. Que justificarão a regra. [...]
O futuro das crianças – e dos adultos – é estar online, 24 horas
por dia. Daqui para frente, se você existe, existe na rede, em
tempo real e o tempo todo. Se você sabe de alguém que não está,
torne-se um missionário: traga essa alma perdida para nosso
convívio, na rede. Antes que seja tarde. Demais.
O futuro vem das crianças, das múltiplas formas como elas estão
construindo, em rede, suas relações. E nós podemos – ainda –
fazer parte dele. Pois a rede, pra todo mundo, começa parecer
normal.
*Silvio Meira é cientista-chefe do C.E.S.A.R, no Recife, instituto de
inovação e incubação de empresas eleito o mais inovador do país.
Douglas Adams, na citação presente no 1º parágrafo, sugere que,
depois dos 30 anos, as pessoas
A) não aceitam mais as novidades.
B) têm dificuldade de aceitar as novidades.
C)pensam que o mundo vai acabar
D)acham tudo normal.
E) gostam mais das novidades
urgente!!!!!!!!!!!!!!!
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letra A
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foi o que entendi
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