Dona Marina tem 37 anos de idade, é solteira e trabalha na companhia "X" há cinco anos. De início, foi selecionada para ser digitadora da seção de cobrança de títulos, cargo que ocupou por dois anos e meio. Como se evidenciara excelente digitadora no decorrer desse período, apresentando sempre um trabalho de ótima qualidade e feito com grande rapidez e, além disso, não causando a chefes e colegas problemas de relacionamento interpessoal, tão logo vagou o lugar imediatamente superior ao seu, foi promovida a ele por merecimento. Igualmente conseguiu sobressair-se entre os demais, evidenciando, como nos dois anos antes, uma conduta submissa e extremamente maleável. Nunca teve atritos, pelo contrário, furtava-se às discussões e ninguém no seu setor chegava a conhecer suas opiniões pessoais, pois era do tipo que sempre concordava com o chefe ou com a maioria dos votos. Seu trabalho mantinha a qualidade impecável e a rapidez habitual. Era de chamar a atenção dos colegas e superiores sua resistência, absorvendo-se horas a fio sem distrair sua atenção com eventos que ocorriam alheios ao serviço. Ausentava-se do seu local de trabalho apenas nos horários de café e refeições; não faltava, não chegava atrasada e jamais conversava em serviço sobre assuntos estranhos a ele. Nesse sentido, seus méritos profissionais iam-se acumulando, sendo, em pouco tempo, novamente indicada para novas promoções. Inesperadamente, a responsável pelo setor de digitação foi acometida de esgotamento nervoso e, por ordens médicas, foi obrigada a se afastar do trabalho por tempo indeterminado e superior a seis meses. Imediatamente o responsável pela área viu-se obrigado a substituir sua chefe doente - sem pensar duas vezes, propôs ao departamento de recursos humanos que promovesse dona Marina, pois seus méritos eram inegáveis como digitadora e como funcionária. Esse pedido foi aceito imediatamente, despachando-se ordens para que se procedessem as mudanças necessárias, de cargo e faixa salarial, tendo em vista a futura promoção de dona Marina. Quando comunicada sobre o fato, ao contrário do que se esperava, a recém-promovida mostrou significativa insegurança diante das novas responsabilidades; temia não ser capaz de manter sua habitual eficiência dos cargos anteriores. Suas dúvidas pareceram diminuir quando foram lembrados seus sucessos nos postos que ocupara e assim concordou em assumir a nova posição dentro da empresa. Depois de seis meses em seu novo posto, as coisas não corriam tão bem como se esperava. O chefe do setor mostrava-se preocupado com o desempenho de dona Marina. Eram constantes as reclamações de suas subordinadas sobre sua inabilidade em tratar com o pessoal e sua atitude arbitrária diante de qualquer iniciativa por parte daqueles que deveriam liderar. Os demais setores que dependiam do trabalho de digitação também se queixavam de que o serviço não só eram de má qualidade, como também estava sempre em atraso. Há algum tempo, dona Marina havia cursado um programa para desenvolvimento de líderes e o instrutor notara ser ela alguém muito insegura, sempre evitando assumir um papel de destaque dentre os demais. Esperava-se, no entanto, que viesse a compensar essa dificuldade. Chamada para uma entrevista, dona Marina contou que, antes da empresa onde estava, sempre havia ocupado funções de auxiliar de escritório e digitadora. Em uma delas havia se negado a assumir postos de encarregada de serviço, porque as pessoas que deveria supervisionar eram elementos de difícil convivência e ela não estava disposta a criar problemas pessoais com colegas de trabalho. Contou também ter abandonado os estudos no segundo ano técnico de contabilidade, pois estudar não era fácil - sentia significativa dificuldade nisso. Preferia tocar atividades rotineiras, pois, no trabalho os problemas a resolver eram simples e não exigiam muito esforço intelectual. No momento atual estava sentindo-se muito mal como supervisora, embora tivesse feito todo um esforço para liderar da melhor maneira possível. Sentia que não tinha jeito para a função, que seus subordinados não a respeitavam e não a obedeciam de bom grado. Percebia que as coisas não iam bem, embora não pudesse saber ao certo por quê.
Descreva as características observadas em dona Marina utilizando as cinco dimensões básicas da personalidade do Modelo Big Five
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Pelo que observei dona marina não e extrovertida e tem a característica de amabilidade.
Laispeloh:
A sua análise está correta, porém a resposta é bem mais complexa tendo em vista de que ela terá que ser complementada na questão B.
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